Aliança demotucana no Rio inaugura primeira crise do "novo PV"
O principal ponto do acordo entre verdes e tucanos, que é garantir um palanque para José Serra no Rio, foi equacionado de forma curiosa. Ficou decido que Gabeira receberá apenas Marina Silva em seu palanque, enquanto Serra subirá no palanque do vice, que será do PSDB, e dos candidatos ao Senado do mesmo campo político.
Poderia ser um acordo desvantajoso para Serra, não fosse o principal desses candidatos ao Senado o ex-prefeito Cesar Maia (DEM), favorito a levar uma das duas cadeiras que estarão em disputa. Aliado de Serra, ultimamente Cesar andava melindrado com a pressão que vinha sofrendo para, em caso de desistência de Gabeira, se candidatar ao Governo e garantir um palanque forte para o tucano. A idéia de trocar uma eleição quase certa para o Senado por uma derrota quase certa para Cabral irritou o ex-prefeito a ponto de ele passar um pito público no filho Rodrigo, presidente do DEM.
A reviravolta do PV, no entanto, reacomoda o campo político da direita no Rio. A candidatura de Cesar ao Senado funcionará na prática como uma candidatura ao Governo, dando a Serra já no primeiro turno o palanque que ele precisava no Rio. No inédito acordo, Gabeira deixará seu vice subir em outro palanque e, em troca, receberá preciosos minutos de exposição na propaganda política. No segundo turno, onde todas as forças desse campo político esperam que estejam Serra e também Gabeira, os dois candidatos subirão no mesmo palanque para enfrentar respectivamente a dupla Dilma Rousseff (PT) e Sérgio Cabral (PMDB).
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