terça-feira, 31 de julho de 2012

Cesar Cielo passa à semifinal nos 100m livre


Londres  - Cesar Cielo ficou em 5º lugar na série 6 dos 100m livre, nmarcando 48s67. O tempo deixou o brasileiro entre os dezesseis nadadores que passaram à semifinal, sendo que Cielo fechou no geral em 10º lugar. Nicolas Oliveira, que nadou na série 7 da mesma prova, marcou49s51, ficando em 8º na sua bateria, o que não o qualificou para a sequência da competição.
Foto: EFE
Cielo obteve vaga nas semifinais dos 100m livre | Foto: EFE
Vale lembrar que Cesar Cielo é o atual campeão olímpico dos 50m, sua especialidade. No entanto, o brasileiro tem no currículo uma medalha de bronze nos 100m, portanto, está credenciado entre os favoritos. Nicolas Oliveira, por sua vez, fechou em 24º no geral.
Cesar Cielo aprovou sua participação nas eliminatórias dos 100m livre. Ele declarou que cumpriu seu objetivo que era avançar à semifinal da prova.
"Foi meio pesada, mas a primeira é sempre mais difícil para quebrar o gelo. Fiz o que tinha que fazer, tentei segurar um pouco no final e agora é descansar para garantir uma vaga na final. Estou pronto para nadar rápido. Consegui dosar a energia, mas estou bem para prova e para brigar pormedalha", afirmou o brasileiro em entrevista ao SporTV.
Cielo ainda falou sobre os postulantes ao primeiro lugar. O brasileiro colocou dois nomes como favoritos: o francês Yanick Agnel e para o australiano James Magnussen. "O francês é o favorito, mas o James é um dos grandes nomes da prova", completou.
Os nadadores caem na piscina para definir as oito vaga na final ainda nesta terça-feira, por volta das 15h30 (horário de Brasília). A decisão acontece apenas na quarta-feira, também no período da tarde.

Manual orienta candidatos do Enem sobre a redação


Acesse material produzido pelo Ministério da Educação com regras de correção, dicas e exemplos de textos nota 1000 em 2011

O Ministério da Educação publicou nesta segunda-feira, dia 30 de julho, um guia sobre a redação doExame Nacional do Ensino Médio, que será realizado nos dias 3 e 4 de novembro. Com 48 páginas, o material produzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) apresenta informações sobre a correção dos textos, a proposta de redação de 2011 e exemplos de dissertações que foram avaliadas como nota 1000 no último ano.
Além de estar disponível pela internet, o guia também terá uma tiragem de 1,7 milhão de exemplares impressos para serem distribuídos em setembro em escolas públicas – 1,6 milhão para inscritos no Enem e 100 mil para professores. Haverá ainda 6,6 mil cópias na forma ampliada, para pessoas com déficit de visão, e 579 em braile, para candidatos cegos.
De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o guia pretende ajudar os estudantes a compreender melhor as novas regras da redação, já divulgadas pelo ministério. “No guia, o candidato vai encontrar o que se espera de cada competência, explica no que ele pode perder pontos e como ganhá-los. O objetivo é aprimorar os conhecimentos para dar segurança ao processo”, afirmou Mercadante.
Nos próximos meses, o Inep vai liberar mais redações nota 1000 para os estudantes. No guia, há seis exemplos disponíveis dos 3,7 mil textos que tiraram nota máxima no último Enem. O presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, garantiu que os 4,2 mil corretores contratados para a próxima edição do Enem já estão sendo formados de acordo com as novas orientações.
Guia para provas objetivas
O governo pretende também divulgar um guia semelhante sobre como as notas dos alunos nas provas objetivas são calculadas e o que é cobrado em cada prova. Costa afirmou que o material já está sendo produzido por técnicos do Inep e especialistas da área, mas ainda não há previsão de quando o guia será lançado.
A expectativa do presidente do Inep é que, ainda nessa edição, os candidatos do Enem saibam quanto vale cada item e como as notas refletem o desempenho de cada um.

Governo suspende reunião com servidores federais em greve


O Ministério do Planejamento sinalizou que não apresentará amanhã (31) a proposta de reajuste aguardada pelos servidores federais, paralisados há 41 dias. O órgão enviou hoje (30) um ofício à Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef) suspendendo as reuniões com a categoria sobre a pauta de reivindicações geral, previstas para esta semana. Os encontros devem ser retomados somente a partir do próximo dia 13. Diante da decisão, o Condsef anunciou que pretende "endurecer" a greve.
A data (31 de julho) havia sido acordada como prazo final para apresentação de uma proposta, a fim de que os servidores tivessem tempo suficiente para analisá-la. Isso porque após 30 de agosto já não será mais possível modificar a previsão orçamentária para 2013.
Por meio da assessoria de comunicação, o Planejamento confirmou o envio do ofício, mas disse que a negociação da pauta geral foi apenas adiada. Segundo o órgão, as reuniões com as categorias para debater assuntos específicos estão mantidas. Amanhã, está previsto, por exemplo, encontro com servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Para Sérgio Ronaldo da Silva, diretor do Condsef, a suspensão é “mais um sinal de que o governo não tem proposta”. “Ele mesmo [governo] tinha fixado essa data do dia 31. A orientação agora é intensificar a greve e as manifestações em todo o País”, disse. Segundo ele, uma ação de panfletagem está marcada para hoje (30), às 16h, na Rodoviária do Plano Piloto, zona central de Brasília.
Segundo o diretor, os servidores querem a correção da inflação desde 2010 e a aplicação do crescimento acumulado do Produto Interno Bruto (PIB), o que representaria um reajuste salarial de 22,08%. O Ministério do Planejamento, no entanto, descartou a proposta dos grevistas e desde então as categorias esperam uma contraproposta.
No início de julho, o governo autorizou o corte de ponto dos servidores federais em greve. Os funcionários no Distrito Federal recorreram à Justiça, que concedeu liminar suspendendo a medida. O Ministério do Planejamento informou que a Advocacia-Geral da União (AGU) está recorrendo da decisão.

Salim Lamrani: Cuba, a ilha da saúde

Em 2012, Cuba formou mais 11 mil novos médicos, os quais completaram sua formação de seis anos em faculdades de medicina reconhecidas pela excelência no ensino. Trata-se da maior promoção médica da história do país, que tornou o desenvolvimento da medicina e o bem-estar social as prioridades nacionais. 


Entre esses médicos recém-graduados, 5.315 são cubanos e 5.694 vêm de 59 países da América Latina, África, Ásia e até mesmo dos Estados Unidos, com maioria de bolivianos (2.400), nicaraguenses (429), peruanos (453), equatorianos (308), colombianos (175) e guatemaltecos (170). Em um ano, Cuba formou quase o dobro de médicos do total que dispunha em 1959. [1]

Após o triunfo da Revolução, Cuba contava somente com 6.286 médicos. Dentre eles, três mil decidiram deixar o país para ir para os Estados Unidos, atraídos pelas oportunidades profissionais que Washington oferecia. Em nome da guerra política e ideológica que se opunha ao novo governo de Fidel Castro, o governo Eisenhower decidiu esvaziar a nação de seu capital humano, até o ponto de criar uma grave crise sanitária. [2]

Como resposta, Cuba se comprometeu a investir de forma maciça na medicina. Universalizou o acesso ao ensino superior e estabeleceu a educação gratuita para todas as especialidades. Assim, existem hoje 24 faculdades de medicina (contra apenas uma em 1959) em treze das quinze províncias cubanas, e o país dispõe de mais de 43 mil professores de medicina. Desde 1959, se formaram cerca de 109 mil médicos em Cuba. [3] Com uma relação de um médico para 148 habitantes (67,2 médicos para 10 mil habitantes ou 78.622, no total), segundo a Organização Mundial da Saúde, Cuba é a nação mais bem dotada neste setor. O país dispõe de 161 hospitais e 452 clínicas. [4]

No ano universitário 2011-2012, o número total de graduados em Ciências Médicas, que inclui 21 perfis profissionais (médicos, dentistas, enfermeiros, psicólogos, tecnologia da saúde etc.), sobe para 32.171, entre cubanos e estrangeiros. [5]

A Elam
Além dos cursos disponíveis nas 24 faculdades de medicina do país, Cuba forma estudantes estrangeiros na Elam (Escola Latino-Americana de Medicina de Havana). Em 1998, depois que o furacão Mitch atingiu a América Central e o Caribe, Fidel Castro decidiu criar a Elam – inaugurada em 15 de novembro de 1999 – com o intuito de formar em Cuba os futuros médicos do mundo subdesenvolvido.

“Formar médicos prontos para ir onde eles são mais necessários e permanecer quanto tempo for necessário, esta é a razão de ser da nossa escola desde a sua fundação”, explica a doutora Miladys Castilla, vice-reitora da Elam. [6] Atualmente, 24 mil estudantes de 116 países da América Latina, África, Ásia, Oceania e Estados Unidos (500 por turma) cursam uma faculdade de medicina gratuita em Cuba. Entre a primeira turma de 2005 e 2010, 8.594 jovens doutores saíram da Elam. [7] As formaturas de 2011 e 2012 foram excepcionais com cerca de oito mil graduados. No total, cerca de 15 mil médicos se formaram na Elam em 25 especialidades distintas. [8]

A Organização Mundial da Saúde prestou uma homenagem ao trabalho da Elam: “A Escola Latino-Americana de Medicina acolhe jovens entusiasmados dos países em desenvolvimento, que retornam para casa como médicos formados. É uma questão de promover a equidade sanitária (…). A Elam (…) assumiu a premissa da “responsabilidade social”. A Organização Mundial da Saúde define a responsabilidade social das faculdades de medicina como o dever de conduzir suas atividades de formação, investigação e serviços para suprir as necessidades prioritárias de saúde da comunidade, região ou país ao qual devem servir.

A finalidade da Elam é formar médicos principalmente para fornecer serviço público em comunidades urbanas e rurais desfavorecidas, por meio da aquisição de competências em atendimento primário integral, que vão desde a promoção da saúde até o tratamento e a reabilitação. Em troca do compromisso não obrigatório de atender regiões carentes, os estudantes recebem bolsa integral e uma pequena remuneração, e assim, ao se formar, não têm dívidas com a instituição.

[No que diz respeito ao processo seletivo], é dada preferência aos candidatos de baixa renda, que de outra forma não poderiam pagar os estudos médicos. “Como resultado, 75% dos estudantes provêm de comunidades que precisam de médicos, incluindo uma ampla variedade de minorias étnicas e povos indígenas”.

Os novos médicos trabalham na maioria dos países americanos, incluindo os Estados Unidos, vários países africanos e grande parte do Caribe de língua inglesa.

Faculdades como a Elam propõem um desafio no setor da educação médica do mundo todo para que adote um maior compromisso social. Como afirmou Charles Boelen, ex-coordenador do programa de Recursos Humanos para a Saúde da OMS: “A ideia da responsabilidade social merece atenção no mundo todo, inclusive nos círculos médicos tradicionais... O mundo precisa urgentemente de pessoas comprometidas que criem os novos paradigmas da educação médica”. [9]

A solidariedade internacional

No âmbito dos programas de colaboração internacional, Cuba também forma, por ano, cerca de 29 mil estudantes estrangeiros em ciências médicas, em três especialidades: medicina, enfermagem e tecnologia da saúde, em oito países (Venezuela, Bolívia, Angola, Tanzânia, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Timor Leste). [10]

Desde 1963 e o envio da primeira missão médica humanitária a Argélia, Cuba se comprometeu a curar as populações pobres do planeta, em nome da solidariedade internacional e dos sete princípios da medicina cubana (equidade, generosidade, solidariedade, acessibilidade, universalidade, responsabilidade e justiça). [11] As missões humanitárias cubanas abrangem quatro continentes e têm um caráter único. De fato, nenhuma outra nação do mundo, nem mesmo as mais desenvolvidas, teceram semelhante rede de cooperação humanitária ao redor do planeta. Desde o seu lançamento, cerca de 132 mil médicos e outros profissionais da saúde trabalharam voluntariamente em 102 países. [12] No total, os médicos cubanos curaram 85 milhões de pessoas e salvaram 615 mil vidas. [13] Atualmente, 31 mil colaboradores médicos oferecem seus serviços em 69 nações do Terceiro Mundo. [14]

Segundo o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), “um dos exemplos mais bem sucedidos da cooperação cubana com o Terceiro Mundo é o Programa Integral de Saúde para América Central, Caribe e África”. [15]

Nos termos da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América), Cuba e Venezuela decidiram lançar em julho de 2004 uma ampla campanha humanitária continental com o nome de Operação Milagre. Consiste em operar gratuitamente latino-americanos pobres, vítimas de cataratas e outras doenças oftalmológicas, que não tenham possibilidade de pagar por uma operação que custa entre cinco e dez mil dólares. Esta missão humanitária se disseminou por outras regiões (África e Ásia). A Operação Milagre possui 49 centros oftalmológicos em 15 países da América Central e do Caribe. [16] Em 2011, mais de dois milhões de pessoas de 35 países recuperaram a visão. [17]

A medicina de catástrofe

No que se refere à medicina de catástrofe, o Centro para a Política Internacional de Washington, dirigido por Wayne S. Smith, ex-embaixador dos Estados Unidos em Cuba, afirma em um relatório que “não há dúvida quanto à eficiência do sistema cubano. Apenas alguns cubanos perderam a vida nos 16 maiores furacões que atingiram a ilha na última década e a probabilidade de perder a vida em um furacão nos Estados Unidos é 15 vezes maior do que em Cuba”. [18]

O relatório acrescenta que: “ao contrário dos Estados Unidos, a medicina de catástrofe em Cuba é parte integrante do currículo médico e a educação da população sobre como agir começa na escola primária […]. Até mesmo as crianças menores participam dos exercícios e aprendem os primeiros socorros e técnicas de sobrevivência, muitas vezes através de desenhos animados, e ainda como plantar ervas medicinais e encontrar alimento em caso de desastre natural. O resultado é a assimilação de uma forte cultura de prevenção e de uma preparação sem igual”. [19]

Alto IDH

Esse investimento no campo da saúde (10% do orçamento nacional) permitiu que Cuba alcançasse resultados excepcionais. Graças à sua medicina preventiva, a ilha do Caribe tem a taxa de mortalidade infantil mais baixa da América e do Terceiro Mundo – 4,9 por mil (contra 60 por mil em 1959) – inferior a do Canadá e dos Estados Unidos. Da mesma forma, a expectativa de vida dos cubanos – 78,8 anos (contra 60 anos em 1959) – é comparável a das nações mais desenvolvidas. [20]

As principais instituições internacionais elogiam esse desenvolvimento humano e social. O Fundo de População das Nações Unidas observa que Cuba “adotou há mais de meio século programas sociais muito avançados, que possibilitaram ao país alcançar indicadores sociais e demográficos comparáveis aos dos países desenvolvidos”. O Fundo acrescenta que “Cuba é uma prova de que as restrições das economias em desenvolvimento não são necessariamente um obstáculo intransponível ao progresso da saúde, à mudança demográfica e ao bem-estar”. [21]

Cuba continua sendo uma referência mundial no campo da saúde, especialmente para as nações do Terceiro Mundo. Mostra que é possível atingir um alto nível de desenvolvimento social, apesar dos recursos limitados e de um estado de sítio econômico extremamente grave, imposto pelos Estados Unidos desde 1960, que situe o ser humano no centro do projeto de sociedade.

*Salim Lamrani é doutor em Estudos Ibéricos e Latinoamericanos pela Univerdade Paris Sorbonne-Paris IV, professor encarregado de cursos na Universidade Paris-Sorbonne-Paris IV e na Universidade Paris-Est Marne-la-Vallée. É jornalista, especialista nas relações entre Cuba e Estados Unidos. 

Notas bibliográficas:

[1] José A. de la Osa, “Egresa 11 mil médicos de Universidades cubanas”, Granma, 11 de julho de 2012.
[2] Elizabeth Newhouse, “Disaster Medicine: U.S. Doctors Examine Cuba’s Approach”, Center for International Policy, 9 de julho de 2012. http://www.ciponline.org/research/html/disaster-medicine-us-doctors-examine-cubas-approach (site consultado em 18 de julho de 2012).
[3] José A. de la Osa, “Egresa 11 mil médicos de Universidades cubanas”, op. cit.; Ministério das Relações Exteriores, “Graduados por la Revolución más de 100.000 médicos”, 16 de julho de 2009. http://www.cubaminrex.cu/MirarCuba/Articulos/Sociedad/2009/Graduados.html (site consultado em 18 de julho de 2012).
[4] Organização Mundial da Saúde, “Cuba: Health Profile”, 2010. http://www.who.int/gho/countries/cub.pdf (site consultado em 18 de julho de 2012); Elizabeth Newhouse, “Disaster Medicine: U.S. Doctors Examine Cuba’s Approach”, op. cit.
[5] José A. de la Osa, « Egresa 11 mil médicos de Universidades cubanas », op.cit.
[6] Organização Mundial da Saúde, “Cuba ayuda a formar más médicos”, 1º de maio de 2010. http://www.who.int/bulletin/volumes/88/5/10-010510/es/ (site consultado em 18 de julho de 2012). 
[7] Escola Latino-Americana de Medicina de Cuba, “Historia de la ELAM”. http://www.sld.cu/sitios/elam/verpost.php?blog=http://articulos.sld.cu/elam&post_id=22&c=4426&tipo=2&idblog=156&p=1&n=ddn (site consultado em 18 de julho de 2012).
[8] Agência cubana de notícias, “Over 15,000 Foreign Physicians Gratuated in Cuba in Seven Years”, 14 de julho de 2012.
[9] OMS, “Cuba ayuda a formar más médicos”, op. cit.
[10] José A. de la Osa, “Egresa 11 mil médicos de Universidades cubanas”, op. cit.
[11] Ladys Marlene León Corrales, “Valor social de la Misión Milagro en el contexto venezolano”, Biblioteca Virtual en Salud de Cuba, março de 2009. http://bvs.sld.cu/revistas/spu/vol35_4_09/spu06409.htm (site consultado em 18 de julho de 2012).
[12] Felipe Pérez Roque, “Discurso del canciller de Cuba en la ONU”, Bohemia Digital, 9 de novembro de 2006.
[13] CSC News, “Medical Brigades Have Treated 85 million”, 4 de abril de 2008. http://www.cuba-solidarity.org.uk/news.asp?ItemID=1288 (site consultado em 18 de julho de 2012).
[14] Felipe Pérez Roque, “Discurso del canciller de Cuba en la ONU”, op. cit.
[15] PNUD, Investigación sobre ciencia, tecnología y desarrollo humano en Cuba, 2003, p.117-119. http://www.undp.org.cu/idh%20cuba/cap6.pdf (site consultado em 18 de julho de 2012).
[16] Ministério das Relações Exteriores, “Celebra Operación Milagro cubana en Guatemala”, República de Cuba, 15 de novembro de 2010. http://www.cubaminrex.cu/Cooperacion/2010/celebra1.html (site consultado em 18 de julho de 2012) Operación Milagro, “¿Qué es la Operación Milagro?”. http://www.operacionmilagro.org.ar/ (site consultado em 18 de julho de 2012).
[17] Operación Milagro, «¿Qué es la Operación Milagro?», op. cit.
[18] Elizabeth Newhouse, “Disaster Medicine: U.S. Doctors Examine Cuba’s Approach”, op. cit.
[19] Ibid.
[20] Ibid.
[21] Raquel Marrero Yanes, “Cuba muestra indicadores sociales y demográficos de países desarrollados”, Granma, 12 de julho de 2012.



Fonte: Vermelho.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Circuito Terruá Pará! Participe!

Com mais de 20 atrações no palco, o Terruá Pará é uma grande vitrine para a música paraense, mas muita gente talentosa ainda ficou de fora. Pensando nisso foi criado um circuito de shows paralelos, que serão apresentados em Belém durante a temporada do Terruá. O Circuito Terruá terá ainda debates e palestra sobre o mercado musical e festas com atrações locais e nacionais.
O Circuito Terruá começa no dia 31 de julho, com pocket show de Adelbert Carneiro, de 13h às 14h, no Boteco das Onze. Nos dias seguintes a programação terá Gente de Choro (dia 1o), Charme do Choro (dia 2) e Puget Blues (dia 3), sempre no mesmo horário. No sábado, dia 4, o grupo Carimbó Cobra Coral se apresenta na Saldosa Maloca, de 14h30 às 16h.
Os debates do Circuito Terruá serão realizados no Instituto de Artes do Pará (IAP), de 14h30 às 16h: “Música Tropical”, com Miranda, Dago Donato e Waldo Squash, com mediação de Vladimir Cunha (dia 1o), e “O Pará é o foco da nova música brasileira?”, com José Flávio Júnior, Ronaldo Evangelista e convidados, com mediação de Márcia Carvalho (dia 2). No dia 3 haverá a palestra “Circulação de artistas e marketing na Europa, Estados Unidos e América Latina”, com David Mcloughin (BM&A). O Circuito Terruá reserva ainda atrações musicais para o pôr-do-sol no Palafita: Camila Honda e Enquadro (dia 1o), Projeto Charmoso e Aíla Magalhães (dia 2) e Tony Brasil (dia 3) se apresentam entre 17h e 18h. E após os shows do Terruá Pará no Theatro da Paz o público poderá curtir Felipe Cordeiro e convidados no Boteco das Onze (dia 1o), Baile Tropical com Dago Donato na Casa México (dia 2), Festa Se Rasgum com Laurentino e Os Cascudos + DJs convidados no Café com Arte (dia 3) e Turbo, La Orchestra Invisível, Projeto Secreto Macacos, Elder Effe e DJs Meachuta no Açaí Biruta (dia 4).
Confirma tua presença lá na fanpage do Circuito, menino, e aproveita essa programação paidégua.
Baixe a tabela do Circuito Terruá em PDF.

polanski, allen e hitchcock no cine líbero luxardo em agosto



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São de Roman Polanski, de Woody Allen, de Alfred Hitchcock e de Steve McQueen os filmes que no mês de agosto marcam as últimas sessões do Cine Líbero Luxardo antes da reforma que iniciará em setembro.
Conhecido por filmes como “Repulsa ao Sexo” com a bela Catherine Deneuve e “O Bebê de Rosemary” com Mia Farrow, que já protagonizou um dos filmes do diretor Woody Allen chamado “A Rosa Púrpura do Cairo”, Roman Polanski é o diretor de “Os Inquilinos” que será o filme da “Sessão Cult” do dia 4 de agosto, às 16h, com entrada franca.
No dia 18 de agosto a Sessão Cult exibirá “Suspeita” do diretor Alfred Hitchcock em homenagem a obra do diretor de “Um corpo que cai”, “Os Pássaros” e outros títulos que marcaram a história do cinema. A Sessão Cult é uma parceria entre Fundação Cultural Tancredo Neves e Associação de Críticos de Cinema do Pará (ACCPA).
Já a “Sessão Regular” do espaço contará com o filme “Para Roma com Amor” de Woody Allen a partir do dia 1º de agosto e logo em seguida com o filme “Shame” do diretor Steve McQueen a partir do dia 15 de agosto. Ambos sempre às 19h e ingressos a 5 reais com direito a meia entrada para estudantes.
Woody Allen oferece ao público uma comédia com um elenco impecável com Alec Baldwin, Penélope Cruz e Roberto Benigni. Já o “Shame” de Steve McQueen levanta debates sobre o comportamento sexual compulsivo e a autodestruição.
“Ficamos muito felizes com o sucesso das nossas escolhas para as programações, sempre nos preocupamos em presentear o público com o melhor do cinema”, diz Patrícia Lio gerente do Cine Líbero Luxardo.
Para alguns usuários o Cine Líbero marcou algum momento da vida com seus filmes. É o caso do produtor João Moraes que após ver o filme “A Árvore” se sentiu mais encantado pelo cine. “Esse filme me pegou de uma forma única, saí do cinema sem saber para onde ir. Vi minha história refletida na tela”, diz
Já a crítica de cinema da ACCPA Lorenna Montenegro conta que desde nova freqüenta o Líbero, o que ajudou na formação visual e crítica dela. “Vivi momentos maravilhosos no Líbero, como a exibição do Poderoso Chefão numa sessão cult absolutamente lotada, além de ótimos debates. Assisti filmes impactantes, como Drei, e aguardo por mais filmes excelentes que preencherão a tela do Líbero”, afirma.

Texto: Monique Malcher/ Ascom Fcptn Centur

Tributo a Caetano


Caetano Veloso completa 70 anos no dia 7 de agosto. Neste dia, a gravadora Universal lançará um presente de alguns de seus fãs ilustres: o álbum A Tribute to Caetano Veloso, idealizado por Paul Ralphes, que vai contar com 16 releituras de brasileiros e estrangeiros.
A banda britânica The Magic Numbers ficou com a faixa You Don´t Know Medo disco icônico Transa (que acabou de completar 40 anos).
Veja o videoclipe gravado em Edimburgo, na Escócia, e dirigido por Lewis Gourlay:
Confira as faixas do álbum e seus respectivos intérpretes:
Um tributo a Caetano Veloso:
You Don’t Know Me – The Magic Numbers
Eclipse Oculto – Céu
The Empty Boat – Chrissie Hynde, Moreno, Kassin e Domenico
London London – Mutantes
Michelangelo Antonioni – Beck
Fora da Ordem – Jorge Drexler
É de Manhã – Marcelo Camelo
Quem me Dera – Devendra Banhart e Rodrigo Amarante
Alguém Cantando – Momo
Trilhos Urbanos – Luisa Maita
Janelas Abertas Nº2 – Ana Moura
Da Maior Importância – Tulipa Ruiz
Força Estranha – Miguel Poveda
Qualquer Coisa – Qinho
Peter Gast – Seu Jorge, Toninho Horta e Arismar
Espírito Santo Araçá Azul – Mariana Aydar


Fonte: Bravo

Andando para trás com Duciomar


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A capital paraense podia começar a preparar a comemoração dos seus 400 anos, em 2016, com uma visão maior e mais profunda do que a de hoje. Do contrário, vai continuar a acumular problemas e índices negativos. Sem motivo para festa.

Poucas cidades brasileiras estão na faixa histórica dos 400 anos. Belém chegará lá dentro de quatro anos. No último ano do seu mandato, esgotado o recurso da reeleição, que já utilizou, o prefeito Duciomar Costa, do PTB, podia ter aproveitado para abrir com estilo a contagem regressiva para o quarto centenário da cidade mais populosa do mundo na linha dos Trópicos. Ou se já não mais, rigorosamente, pelo menos a que tem mais habitantes, a mais importante.
Fiel a um estilo mantido durante os sete anos da sua gestão, Duciomar deu a largada para a renovação do comando da capital paraense com o uso de duas características marcantes do seu governo: escândalo e fato consumado.
O escândalo foi criado em torno da concorrência pública internacional - com evidentes sinais de vício - para a instalação do ônibus de trânsito rápido (BRT, segundo a sigla em inglês) em Belém. Apesar das críticas e denúncias que a iniciativa provocou, ele assinou a ordem de serviço para um negócio de 430 milhões de reais e ignorou o questionamento judicial. Mesmo porque o poder judiciário estadual tem sido o fator fundamental para o sucesso dos fatos consumados do alcaide belenense.
O transporte coletivo é um dos tormentos da rotina diária de 600 mil pessoas, sobretudo da população mais pobre. Não há racionalidade na prestação do serviço, o desrespeito ao cidadão é constante, a lentidão é tão frequente quanto a impossibilidade de prever o tempo de duração de uma viagem, por uma série de circunstâncias. A viagem dentro desses bólidos virou uma forma de tortura sob o sol inclemente ou a chuva penetrante.
Aproveitando-se do crédito fácil (e caro), quem pode troca o ônibus pelo carro. A inchada frota de veículos individuais de transporte ameaça levar o tráfego ao colapso total, além de ocupar ruas e calçadas como estacionamento púbico. Os congestionamentos se amiúdam, mas, sem saída melhor, as pessoas preferem o stress do trânsito caótico à ordenação em benefício do interesse coletivo.
Oferecer transporte público de massa decente e eficaz é prioridade máxima para desviar a cidade do seu padrão cotidiano de selvageria e repô-la no patamar da civilidade. O BTR se revelou uma dessas alternativas certas para várias cidades brasileiras. Mas não sujeito a uma contratação duvidosa, que expôs as marcas de uma licitação de cartas marcadas. E muito menos sem entrosamento com os demais poderes públicos e com os vizinhos de região metropolitana para reduzir os custos e ampliar os benefícios.
Em síntese, esses ônibus, com maior capacidade (para 250 passageiros) do que os veículos comuns, circulam em maior velocidade, em faixa própria, absorvendo fluxos do transporte normal em estações centrais. O projeto do BRT da prefeitura provocará problemas operacionais que comprometerão sua eficácia.
O maior estará na conexão a partir de São Braz, ponto final do BRT, na direção do centro da cidade, onde a estrutura viária não receberá melhorias e adaptações. Esse prolongamento, que constava do projeto do Estado, não faz parte da concepção do município. Por desconhecimento dos detalhes do projeto, é difícil até discutir a aplicação à capital paraense do modelo adotado, com êxito, em outras cidades.
Como aconteceu no projeto do Portal da Amazônia, que se limitava a uma maquete digital, a concorrência foi decidida sem a existência de um projeto técnico, apenas com uma concepção geral. O projeto técnico será feito só a partir de agora pela vencedora da concorrência, a Construtora Andrade Gutierrez, a mesma que está à frente do Portal (e que brindou Belém contratando um espetáculo da cantora baiana Ivete Sangalo por um milhão de reais).
Como sempre, o prefeito preferiu atropelar as instâncias e ignorar as condicionantes desse tipo de transporte para ser o dono único da iniciativa, a cosumando conforme seus interesses pessoais e políticos. Em nota oficial, negou que a licitação tenha sido direcionada para favorecer a Andrade Gutierrez, usando argumentos que podem também ser usados em sentido contrário.
(...)

Leia a matéria completa: Jornal Pessoal

Música está cada vez mais alta e menos original


Em um estudo que reforça a opinião de muitas mães, uma análise de computador de mais de meio milhão de músicas gravadas entre 1955 e 2010 comprovou que a música pop ficou mais alta e menos original, segundo resultados publicados pelo periódico Nature Scientific Reports.


Mais de meio milhão de músicas gravadas entre 1955 e 2010 foram analisadas. Foto: Andrej Isakovic/AFP



“Conseguimos demonstrar como o nível global de altura das gravações de músicas tem aumentado consistentemente com o passar dos anos”, explicou por e-mail o autor do estudo, Joan Serra, do Conselho Nacional de Pesquisas da Espanha.
De forma similar, a equipe descobriu que a diversidade de acordes e melodias “diminuiu consistentemente nos últimos 50 anos”.
“Isto gera uma receita para modernizar canções antigas, usando mudanças de acordes mais comuns, alterando os instrumentos usados na canção e gravando em um tom mais alto”, afirmou Serra.
O estudo foi realizado com uma variedade de gêneros, como rock, pop, hip hop, metal e música eletrônica.
Sem mencionar as canções pelo nome, a pesquisa analisou apenas a música em algoritmos de números e símbolos em busca de padrões.
“Grande parte das evidências coletadas aponta para um grau elevado de convencionalismo, no sentido de bloqueio ou não evolução, na criação e na produção da música popular contemporânea ocidental”, destacou o estudo.
Fonte: AVP

Sarah Menezes: algo está dando certo no esporte brasileiro.


A medalha de ouro conquistada por Sarah Menezes  em Londres 2012 é importante por vários motivos. É a primeira do judô feminino, a terceira do judô em geral, e a segunda de mulheres brasileiras em esportes individuais. Mais do que isso, a medalha de Sarah é reflexo de um Brasil que dá certo.

Sarah Menezes exibe a medalha de ouro conquistada neste sábado no judô feminino. Foto: AFP
Como mostraram posts desta semana aqui no Esporte Fino, a medalha de Sarah não foi uma surpresa. Ela chegou como uma das favoritas, se superou quando mais precisava e conquistou o ouro. Parecia, não uma brasileira, mas uma atleta dos Estados Unidos. No pódio, estava claramente feliz, mas não tinha aquela alegria quase desesperada de quem luta “contra tudo e contra todos”, como estamos acostumados. Sarah, aos 22 anos, faz faculdade, tem boa estrutura para treinar, tem três patrocínios privados e recebe o Bolsa Atleta, do governo federal. Tudo o que sempre exigimos.

Isso não é para dizer que está tudo bem no esporte brasileiro. Não está. Como mostrou reportagem do colega Fernando Vives na edição atual da revista Carta Capital, há muito por fazer. O foco hoje está no alto nível, enquanto o esporte escolar, de onde sairão os futuros campeões, é precário. Isso é reflexo do vergonhoso estado da educação como um todo no Brasil, um problema ao qual os governos deveriam dedicar muito mais atenção.
É preciso reconhecer, no entanto, que há esportes “dando certo”, como é o caso do judô. O trabalho vem melhorando a cada ano, os bons resultados se acumulam e a prova disso é o fato de o Brasil chegar a Londres com uma seleção completa, num esporte que rende até 14 medalhas, e com chances de conquistar muitas delas.
Se os judocas brasileiros vão conseguir isso daqui pra frente é, como deveria ser sempre, uma questão esportiva, e não política ou sociológica. A vitória de Sarah não deixa espaço para pautas como “o drama do nordestino”, o “drama da mulher” ou o “drama do esportista sem apoio que ganha apesar de tudo”. Aos poucos (mais devagar do que eu gostaria, é preciso dizer), vamos rompendo a lógica dramática do nosso esporte. Sarah é mulher, é nordestina, e é uma esportista brasileira. Ela foi campeã olímpica assim, e não apesar de tudo isso.

Fonte: Carta Capital

Diego Hypólito e a falácia do perdedor


Na saída do ginásio londrino, os olhos marejados e a fala embargada mostraram um atordoamento impressionante do ginasta brasileiro: “Caí de novo, decepcionei de novo. Quero pedir desculpa de novo por esse fracasso e essa competição horrorosa. Não sei o que aconteceu comigo. Tantas pessoas me deram apoio e me incentivaram. Cheguei aqui e caí, caí de cara. Estou decepcionado e bravo comigo.”Diego Hypólito caiu de novo. Dessa vez, de cara. Repetiu em Londres 2012 a falha que o desconsagrou quatro anos antes em Pequim e foi desclassificado antes da final nos Jogos Olímpicos.
A entrevista dá dimensão de quanto Hypólito se cobra na carreira, que agora já entra na reta final (dificilmente chegará até o Rio 2016). Mas ele acaba sendo injusto consigo mesmo ao se vender como um perdedor. Não é.
Diego Hypólito desbravou a ginástica artística masculina no Brasil, onde tínhamos zero tradição na modalidade. Levou o ouro 17 vezes no Mundial da categoria. Em Pequim 2008, mesmo com o erro, ficou na sexta colocação. Os futuros ginastas olímpicos brasileiros já saberão melhor o que fazer e que erros não cometer ao preparerem-se para uma olimpíada. Basta perguntarem a Hypólito, basta estudar seus erros, que foram decisivos, e seus acertos, que foram muitos.
A má fama de Diego Hypólito hoje em dia faz parte de uma certa cultura brasileira que exige ídolos fenomenais e atira pedras em quem rasteiramente julga perdedor, mesmo que não seja. É preto ou branco, embora o mundo seja quase sempre cinza.
Talvez o primeiro grande nome dessa leva de atletas tenha sido o goleiro Moacir Barbosa, um dos ícones do Vasco chamado de Expresso da Vitória no fim dos anos 1940. Acusado de “frangar” no gol uruguaio que derrotou o Brasil na final da Copa de 1950, só deixou de ser vilão quando idoso. Repetia nas entrevistas antes de morrer: “No Brasil, a maior pena é de trinta anos, por homicídio. Eu já cumpri mais de quarenta por um erro que não cometi.”
Rubens Barrichello é um outro exemplo. Revelação do automobilismo brasileiro quando Ayrton Senna morreu, foi alçado pela tevê e grande parte da mídia ao novo Senna, coisa que ele não era — sobretudo porque foi contemporâneo e parceiro de equipe do alemão Michael Schumacher, o maior campeão da história da Fórmula 1. Barrichello foi melhor talvez que 80% dos pilotos da história. Competiu por 19 anos, recorde na modalidade, e chegou a ser vice-campeão. Não é pouca coisa. Mas a expectativa que a mídia colocou sobre ele, a de ser o novo Senna, transformou-se em frustração — em parte, por culpa dele, que vestia essa carapuça mesmo quando todo mundo sabia que não superaria Michael Schumacher. Virou sinônimo de perdedor, o que não reflete o que foi sua carreira na maior categoria do automobilismo.
Hypólito entra nessa lista. Inflado pela mídia esportiva, sobretudo no rádio e na televisão, por muito tempo exigiram dele nada menos que o ouro olímpico. Queriam fazer dele o novo Gustavo Küerten. Ele teve músculos para isso, teve elasticidade, teve a técnica, só não teve os nervos, que o derrubaram duas vezes em olimpíadas. É seu ponto fraco como atleta. Acontece. Seguirá como um dos bons nomes do esporte brasileiro, um desbravador de uma categoria olímpica que no futuro tem tudo para nos render medalhas. Chamar Hipólito de perdedor é não entender absolutamente nada de esporte e, mais que isso, descontar no atleta as próprias frustações na vida.
Fonte: Carta Capital

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Cerimônia de Abertura das Olimpíadas 2012 acontece hoje



Nesta sexta-feira (27) começa em Londres “o maior espetáculo da Terra” — como os Jogos Olímpicos são chamados. As competições serão mostradas com exclusividade em TV aberta pela Rede Record. A audiência mundial deve alcançar 4,8 bilhões de espectadores — mais da metade da população do planeta.
Durante os 17 dias de competições, cerca de 10 mil atletas, de mais de 200 países, serão protagonistas do grande evento. Estrelas como o velocista Usain Bolt, o nadador Michael Phelps, o tenista Roger Federer, os astros da NBA irão competir em Londres. O Brasil conta com 259 atletas e, apesar de alguns desfalques de última hora, mantém a expectativa de ao menos igualar a quantidade de medalhas de Pequim 2008: 15, sendo três de ouro, quatro de prata e oito de bronze.
A Cerimônia de Abertura dos Jogos, com início previsto para as 17h de Brasília, 21h em Londres e três horas de duração, deverá ser acompanhada no Estádio Olímpico por cerca de cem chefes de Estado, entre eles a presidente Dilma Rousseff, que hoje é uma das estrelas do cenário político-econômico internacional e foi recebida com todas as honras na capital inglesa. Londres gastou 9 bilhões de libras esterlinas e quer lucrar 16 milhões com os Jogos Olímpicos.
Sobre a cerimônia, os organizadores britânicos liberaram apenas algumas informações, como a participação de Paul McCartney, apresentações baseadas em peças de William Shakespeare e o toque de um sino, que é o maior da Europa. Daniel Craig, ator dos filmes de James Bond, e até mesmo a rainha Elizabeth devem comparecer.
Diante do início do espetáculo, o atraso de obras perde importância, assim como o desfalque na segurança contratada, que mobilizou tropas militares para atuar em revistas, além de realizar o policiamento. Há mais soldados das forças armadas britânicas em Londres — 18.200 (foram convocados mais 1.200 nesta semana, para o trabalho de 12 horas diárias) do que no Afeganistão, que está com 9.500.
Salto para o Rio 2016
Nas palavras de Marcus Vinícius Freire, superintendente técnico do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Londres-2012 será o grande salto na área esportiva para o País se consolidar entre os top 10 do mundo na edição dos Jogos do Rio de Janeiro 2016.
Para isso, os atletas estão contando com um apoio multidisciplinar nunca visto que inclui alojamento no Crystal Palace para treinamentos exclusivos, restaurante “com arroz e feijão” e equipe de edição de vídeos de todas as competições exibidas em 40 canais ao vivo. Os atletas e seus técnicos, em intervalo de lutas, por exemplo, têm imagens de adversários para traçar estratégias.
Analistas e matemáticos internacionais estão até mais otimistas que o COB em relação a expectativas de medalhas do Brasil, com previsões de mais 20 – cerca de seis de ouro. Há chances do vôlei e do vôlei de praia, nas categorias feminina e masculina, assim como no futebol; no basquete masculino, handebol feminino. E ainda judô e vela, esportes que tradicionalmente conquistam medalhas (a judoca Sarah Menezes, da categoria até 48 kg, pode conquistar a primeira medalha para o País neste sábado, 28). Leandro Guilheiro, Tiago Camilo, Mayra Aguiar são outros dos destaques brasileiros.
Natação, com Cesar Cielo, recordista mundial dos 50 m e dos 100 m livre, e atletismo, com Fabiana Murer no salto com var e mesmo o revezamento feminino 4×100 m, também apresentam possibilidades de medalha. O boxe também pode ser uma boa surpresa, com o campeão mundial Éverton Lopes, assim como o pentatlo moderno, com Yane Marques.
O R7 transmite os Jogos Olímpicos de Londres em cinco canais exclusivos, 24 horas. E durante os Jogos, além da transmissão ao vivo e com sinais exclusivos, você encontra no portal os vídeos de todos os melhores momentos da maior disputa esportiva do mundo. Até o dia 12 de agosto, informações do R7.
Fonte: Bahia 360 Graus

Andes divulga comunicado rejeitando proposta de reajuste do governo



A Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), principal entidade representativa dos professores de instituições federais de ensino, divulgou hoje (26) comunicado oficial rejeitando a nova proposta do Ministério do Planejamento.
De acordo com o sindicato, o texto foi encaminhado às universidades de todo o país, a fim de embasar assembleias que acontecerão entre hoje e segunda-feira (30). Nos encontros, será votado o posicionamento de cada instituição sobre o fim ou continuidade da greve dos docentes, que já dura 71 dias.
O comando nacional de greve da Andes reuniu-se ontem ainda pela manhã para debater a proposta do governo, e as discussões se estenderam até a madrugada de hoje. O documento afirma que as alterações nos percentuais de aumento apresentadas pelo Planejamento “foram dirigidas às situações que demonstravam maior perda de valor real até 2015″, mas que, mesmo assim, “a maioria dos docentes terá valor real reduzido nos seus salários”.
O texto alega ainda que questões consideradas importantes pelos docentes, tais como a estruturação e a progressão de carreira; a gratificação por projetos institucionais e atividade de preceptoria; e os critérios para promoção de professores foram jogadas para frente, ficando sob a dependência da criação de grupos de trabalho.
Para a Andes, isso evidencia “o esforço do governo para retirar os pontos polêmicos da mesa de negociações durante a greve, avocando a si, no futuro, a discricionariedade para tomar as decisões”.
Marinalva Oliveira, presidenta da Andes, afirma que os percentuais de reajuste apresentados pelo governo – de 25% a 40%, segundo a nova proposta – aparentam ser elevados, mas têm como referência o mês de julho de 2010. “Além disso, a proposta é parcelada em três anos. Se considerada a inflação do período, esses reajustes não cobrem”, disse.
A Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), sindicato que representa parcela menor da categoria dos docentes, decidiu apoiar a proposta governamental e recomendar o encerramento da greve. A Agência Brasil tentou contato com membros da diretoria da entidade, mas não houve retorno até o fechamento desta matéria.
Fonte: Agência Brasil

Ubes chega aos 64 com protagonismo e força para a luta


De geração em geração, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), marcada pela inquietação responsável por fazer do movimento secundarista uma grande mobilização de massas, no dia 25 de julho de 2012 comemorou junto a todo povo brasileiro seus 64 anos de luta. No histórico, ruas ocupadas com milhares de jovens em marcha, caras pintadas, cartazes, bandeiras, avenidas paradas e palavras de ordem que ecoam e repercutem na voz das gerações herdeiras.




Ubes divulgação

São mais de seis décadas de mobilizações dentro das escolas. A UBES é formada por estudantes que desde 1930 e 1940 começaram a se organizar em diversas regiões do país e permanecem lutando contra o fechamento de bibliotecas, reivindicando a falta de professores nas salas de aula, a falta de investimento no ensino, a democratização ao acesso e à qualidade da educação que a juventude quer para o Brasil.

Os secundaristas eram representados por um departamento dentro da União Nacional dos Estudantes (UNE) até o final da década de 1940, quando a participação dos estudantes se intensificou e ganhou ainda mais coordenação.

No dia 25 de julho de 1948, durante o 1° Congresso Nacional dos Estudantes Secundaristas que aconteceu na sede da UNE na Praia do Flamengo, aconteceu a fundação oficial da entidade. Nascida em meio ao desenvolvimento do país, os secundaristas foram atores políticos das mais relevantes mobilizações do cenário nacional, como na campanha de nacionalização do Petróleo, quando lideraram as principais manifestações, e criaram a Comissão Estudantil em Defesa do Petróleo.

As lutas históricas refletem nas gerações herdeiras. Em 1956 a Revolta dos Bondes que parou o Rio de Janeiro, na época uma condução usada por quase todos os estudantes por conta do baixo preço. Aos seus 64 anos, com passeatas pelo Passe Livre estudantil atualiza a luta pelo acesso, pulando catraca e denunciando as tarifações abusivas, a juventude reafirma seu legado.

Na linha dura da ditadura, o amadurecimento
Período de amadurecimento da entidade aconteceu durante a ditadura militar, quando grêmios e entidades de base foram destruídos com a promulgação do Ato Institucional N°5. O ano de 1968 tornou-se o sinônimo de uma rebelião estudantil mundial: em quase todo o mundo os estudantes (secundaristas e universitários) foram às ruas, entraram em confronto com a polícia, realizaram greves e levantaram bandeiras de diferentes matizes.

No luto, a luta se intensificou. A morte do estudante Edson Luís em março de 1968 não só marcou o momento de reconhecimento da verdadeira face do sistema de repressão, mas também deu origem à Jornada Nacional de Lutas da UBES que acontece todos os anos neste mesmo mês em memória dos estudantes que Edson representou no enfrentamento a ditadura.

Nos caminhos da reconstrução
Nos marcos da redemocratização e as véspera da campanha pelas “Diretas Já”, aconteceu o 21° Congresso de Reconstrução da entidade, deixando para gestão eleita no 22° Congresso em 1983 aconteceram importantes para afirmações da nova fase da Ubes. O reconhecimento oficial da entidade, o relançamento do jornal que parou de circular em 1964, a realização do 1° Seminário Nacional sobre Educação e o 1° Encontro de Escolas Técnicas de Nível Médio são algumas destaques do período que também marcou o início das apresentações do Projeto de Lei de Legalização dos Grêmios Livres ao Congresso Nacional.

Exigindo as eleições diretas em todos os níveis, a Ubes fez parte da coordenação nacional do comício das “Diretas Já”, levando os secundaristas para as ruas em 1984 no ato que marcou o período de redemocratização no país.

Os caras pintadas tomam as ruas
Mais uma vez reescrevendo a história do povo brasileiro, em 1992 durante os protestos de forte pressão popular, os estudantes tiveram importante papel no aprofundamento das denúncias que levaram ao impeachment do então presidente, Fernando Collor de Mello. Os secundaristas foram os primeiros a gritar “Fora Collor” e criaram a marca dos caras pintadas.

Da mesma forma, a geração vitoriosa do pós-impeachment enfrentou o neoliberalismo de Fernando Henrique Cardoso em defesa do patrimônio nacional e contra as políticas educacionais com bandeiras de luta como “Queremos mais que apertar parafusos” em defesa do ensino técnico.

64 anos de Ubes com uma geração 10
As conquistas se multiplicam com a campanha “Se Liga 16!” que tem colocado os secundaristas no debate político e aumentado o número de jovens nas urnas, a conquista da obrigatoriedade do ensino de sociologia e filosofia nas escolas, a retomada da sede histórica na Praia do Flamengo, aprovação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Estatuto da Juventude são algumas das marcas do movimento secundarista.

Em luta permanente, a juventude comemora os 64 anos de UBES acompanhando com muita pressão a defesa do investimento de 10% do PIB e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para educação no Plano Nacional de Educação; formulação de uma lei nacional da meia entrada; projeto nacional de Passe Livre estudantil; reserva de vagas para estudantes de escolas públicas em universidades públicas; ampliação do ensino técnico, reformulação do currículo escolar que corresponda às necessidades da juventude e os novos desafios que surgem nos quatro cantos do país rumo à construção de uma UBES do tamanho do Brasil.

Fonte: Blog da Ubes


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Luiz Gonzaga será homenageado na 8ª Bienal da Une.


Com o tema a “Volta da Asa Branca” Bienal busca mostrar história do nordeste e seus sertões
Esse ano de 2012 marca o centenário de um dos grandes astros da música popular brasileira, Luiz Gonzaga. Por isso, 8ª Bienal da UNE, o maior festival estudantil da América Latina, que acontece no próximo mês de janeiro, será realizado em Pernambuco. Dessa vez a Bienal trará o tema a “Volta da Asa Branca” homenageando o mestre do forró e do baião. O evento busca mostrar a história dos sertões nordestinos e a influência dessa cultura para o país. 
Na opinião da diretora da UNE, Virgínia Barros, nascida em Pernambuco e criada ouvindo músicas de Luiz Gonzaga, é emocionante ver que um artista tão completo ser reconhecido em um evento como a Bienal. “A Bienal volta para Pernambuco no período em que o estado celebra 100 anos do artista que soube como poucos descrever o sertão, que é uma parte tão importante do Brasil e que sem dúvida merece essa bonita homenagem que a UNE faz”, comentou.
O evento já é tradicional no calendário do movimento estudantil. A Bienal é hoje a principal vitrine para os estudantes mostrarem o que está sendo produzido dentro das universidades brasileiras, não apenas na área da cultura ,já que o evento engloba também ciência, tecnologia e muitas outras áreas.

HOMENAGEADO DO EVENTO

Luiz Gonzaga nasceu em uma fazenda chamada Caiçara na zona rural de Exu na Serra do Araripe no estado de Pernambuco no ano de 1912. Além de ser um ótimo cantor e compositor, Gonzaga adorava instrumentos musicais, gostava da sanfona de oito baixos, de zabumba e sempre que podia participava de festas, feiras e forrós.
Ao reencontrar-se com suas raízes musicais, ajudou a plasmar a identidade nordestina no imaginário do Brasil, imprimindo ao acordeon das valsas e tangos, a partir da década de 40 do século XX, uma nova musicalidade. Então, como sanfona, o instrumento adquiriu nova personalidade.
Assim, começou a ganhar destaque na mídia em 1940 com a participação na Rádio Nacional cantando “Vira e Mexe”, primeiro lugar nas paradas. Daí então seus sucessos eram quase anuais: “Baião” e “Meu Pé de Serra” (1946), “Asa Branca” (1947), “Juazeiro” e “Mangaratiba” (1948) e “Paraíba” e “Baião de Dois” (1950).
Luiz Gonzaga é o representante maior da música popular nordestina, ele interferiu decisivamente na trajetória da música brasileira ao introduzir no cenário nacional os ritmos do sertão e do nordeste, como por exemplo, os xotes, baiões e xaxados.

MAIS HOMENAGENS A GONZAGÃO

Não é só a UNE que reconhece a história do mestre Luiz Gonzaga. No último dia 12 de julho, o Festival de Inverno de Garanhuns (PE) homenageou o músico e contou com a presença de diversos cantores considerados ícones da música popular nordestina como Elba Ramalho e Dominguinhos.

Outra importante lembrança do mestre foi promovida pela exposição de Caruaru, Pernambuco, que teve início no dia 2 de julho e terminou no último dia 15, homenageando o lado pop e contemporâneo do sanfoneiro, com a releitura de sua obra por artistas como Arnaldo Antunes, Otto e Naná Vasconcelos.
Fonte: une.org.br