Ministro tem três dias para apresentar medidas em relação às reivindicações feitas pelos estudantes
Acaba nessa quarta-feira (11/7) o prazo solicitado pelo ministro da educação, Aloízio Mercadante, para apresentar propostas concretas que atendam às reivindicações apresentadas durante reunião no último dia 26, nagrande #marchadosestudantes.
Em contagem regressiva desde então, estudantes de todo país vêm realizando diversos atos, como ocorreu nos estados do Paraná e Santa Catarina, onde foram realizadas uma série apitaços, panfletagens, buzinaços e passeatas.
Para o presidente da UNE, Daniel Iliescu, os estudantes brasileiros estão preparados para cobrar uma resposta do ministro. ‘’Mobilizações têm acontecido por todo o país e dentro de poucos dias estaremos novamente nas ruas e em todas as universidades federais pressionando o governo por respostas concretas’’, afirmou.
A carta entregue à Mercadante continha uma série de reivindicações, incluindo a ampliação do orçamento do PNAES – Plano Nacional de Assistência Estudantil para 2013, a criação de linha de crédito específica para a construção de moradias e restaurantes universitários, a convocação urgente de concurso público para a contratação de professores e técnico-administrativos para as universidades federais, a criação de uma comissão de diagnóstico da infraestrutura das IFES coma participação dos estudantes a nível nacional e local, além da conclusão das obras do REUNI.
Segundo Iliescu, o fim do prazo solicitado gera grandeexpectativa. ‘’O ministro deve nos responder e nos dar informes sobre as propostas apresentadas pelos reitores. Até lá, continuaremos mobilizados,fazendo pressão para que o governo não cometa a irresponsabilidade de não aprovar os 10% do PIB para a educação, já conquistados na Câmara dos Deputados’’,contou.
QUESTÃO DE PRIORIDADE
Após o anúncio da aprovação dos 10%do PIB para a educação,pela Câmara dos Deputados, o ministro Aloizio Mercadante afirmou em nota divulgada pelo MEC que o aumento do investimento será uma “tarefa política difícil de ser executada”. Já o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o aumento da verba para a educação, destinando 10% do Produto Interno Brutopara o setor, pode “quebrar o Estado brasileiro”.
Para Iliescu, a utilização dos 10% do PIB para a educação é questão de prioridade. ‘’A declaração do Mantega é um insulto à inteligência das pessoas. É uma questão de escolha em investir num setor que só trará melhorias e crescimento para o Brasil e a juventude espera que os governantes se coloquem à disposição de tarefas que permitam expandir as universidades comqualidade, para mudar o país’’, declarou.
Texto: Renata Bars
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