terça-feira, 17 de julho de 2012

Greve de norte a sul: entenda como está as paralisações nas Universidades de todo país.


Há 61 dias, estudantes, docentes e técnico-administrativos unidos em greve por melhorias na educação param universidades e cobram medidas do governo
A greve das federais, que há 61 dias une a comunidade acadêmica em todo o território nacional, trouxe à tona a necessidade de uma reforma universitária ampla e profunda. Lado a lado com os docentes, que deram início à paralisação no dia 17 de maio reivindicando aumento de salário e reformulação do plano de carreira, estudantes de todo o país também vêm se mobilizando, apoiando os professores e também acrescentando suas pautas específicas ao movimento.
Aderindo à greve no dia 31 de maio, a União Nacional dos estudantes lançou uma nota oficialdiscriminando quatro pontos centrais de reivindicação dos estudantes: “Defendemos a ampliação imediata dos investimentos em assistência estudantil para 1,5 bilhão de reais,contratação de sete mil novos professores e servidores técnico-administrativos,um plano emergencial para conclusão das obras de infraestrutura nas universidades e gestão democrática com paridade nas eleições para reitoria e órgãos de decisão”, sustenta o documento.
Os estudantes de todo o país passaram a se organizar em comandos para apoiar a greve, assembleias, atos de rua e ocupações estudantis. No último dia 26 de junho, uma delegação de 70 estudantes, com representantes de mais de 44 DCEs de federais, entregou ao Ministro da Educação, Aloísio Mercadante, uma pauta especificando pontos de reivindicação de cada uma das universidades. No mesmo dia, Mercadante se comprometeu a, num prazo de 15 dias (esgotado dia 11/07)  apresentar propostas concretas aos estudantes.
A pauta dos estudantes ainda não recebeu resposta do governo. Os docentes reuniram-se com representantes do MEC na última sexta-feira, 13/07, mas ainda não alcançaram o consenso com o ministérios para suas demandas. Enquanto isso, o movimento continua, com ampla participação da classe estudantil, que demonstrou estar unificada e organizada para conquistar seus objetivos. A mobilização nas universidades em 2012 já é histórica e continental, marcando o Brasil de Norte a Sul.
O portal da UNE preparou um pequeno mapeamento do país, região por região, para explicar um pouco das manifestações em cada localidade. Confira abaixo:

SUL

As mobilizações no sul vêm ganhando força com o passar dos dias. No dia 29 de junho, houve uma grande manifestação da comunidade da UTFPR em Curitiba (PR). Em seguida no dia 4 de julho, a União Paranaense dos Estudantes (UPE), unida ao comando local de greve da UTFPR e às demais lideranças estudantis das universidades do estado realizaram uma série de atividades como apitaços, panfletagens, buzinaços e passeatas. A greve geral foi convocada pela UPE e a UPES e entidades estudantis locais (DCEs).
No Rio Grande do Sul,  1.200 pessoas da cidade de Santa Maria se reuniram em frente à Biblioteca Pública, na sexta-feira, 6 de julho, para marchar por uma educação pública e de qualidade.
No estado de Santa Catarina protestos em Florianópolis e Chapecó chamaram a atenção em um grande ato que levou às ruas de ambas as cidades,  no dia 10 de julho, estudantes, servidores e professores.

NORDESTE

Atualmente, estão em greve instituições da Paraíba, Piauí, Pernambuco, Maranhão, Alagoas e Bahia. Neste último estado, no dia 6 de julho, uma assembleia geral deflagrou a greve estudantil na Universidade Federal(UFBA).
Em seguida, na manhã da segunda-feira, 11 de julho, os servidores técnico-administrativos da Universidade decidiram, também em assembleia geral, pela deflagração da greve.  A paralisação teve início oficialmente ontem, 15 de julho.

NORTE

Demonstrando unidade da mobilização e adesão à causa, estudantes da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Pará(UFPa) reuniram em um documento oficial, apresentado dia 25 de junho, suas pautas de reivindicação nessa greve.Além do Amazonas os estados do Acre, Roraima e Rondônia também estão na luta e atualmente em greve.

SUDESTE

No dia 24 de junho, os estudantes  foram às ruas de diversas cidades de Minas Gerais como Timóteo, Diamantina, Florestal, Uberlândia, Viçosa, Lavras, Varginha, Ouro Preto, Alfenas e Belo Horizonte para manifestar apoio à greve nacional dos professores e cobrar a destinação de maiores investimentos para a educação, como 10% do PIB e 50% do Fundo Social do Pré-sal para educação.
No Rio de Janeiro, os professores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) decidiram, na terça-feira, dia 22 de junho, entrar em greve por tempo indeterminado. No mesmo dia, os professores de cinco campi da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) também anunciaram a adesão à paralisação nacional.
A UFABC (Universidade Federal do ABC) aderiu à paralisação nacional no dia 5 de julho. Os professores decidiram sobre a greve em assembleia, realizada no dia 31 de maio. Os estudantes da instituição se reuniram em 1 de julho e resolverem entrar em greve em apoio aos docentes.

CENTRO-OESTE

Já é praticamente completa a adesão das universidades federais brasileiras ao movimento de paralisação. No dia 2 de julho, no Campus Naviraí da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) estudantes, professores e funcionários juntaram-se ao movimento, inserindo a universidade do estado na rede de mobilização nacional. 
Fonte: une.org.br

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