quarta-feira, 11 de julho de 2012

Por fim de jejum, Palmeiras repete estilo da Libertadores-99


O Palmeiras que pode ser campeão nesta noite é um time de muita transpiração, que construiu poucas jogadas plásticas, passou por momentos de sufoco e tem uma arma letal, a bola parada.
A descrição se refere à equipe que pode se sagrar hoje campeã da Copa do Brasil sobre o Coritiba e encerrar assim um jejum de 12 anos do clube sem títulos nacionais.
Mas poderia ter sido publicada no dia 16 de junho de 1999, em texto sobre o grupo do Palmeiras que levantaria horas mais tarde a Libertadores ao derrotar nos pênaltis o colombiano Deportivo Cali.
Treze anos após levar o clube ao maior título de sua história, o técnico Luiz Felipe Scolari recriou o estilo de jogo que venceu a América.
A qualidade não é a mesma. Jogadores de seleção, casos de Júnior Baiano, César Sampaio, Alex e Zinho, foram substituídos por nomes quase desconhecidos, como João Vitor, Mazinho e Betinho.
Mas a receita Scolari continua: mais transpiração que inspiração e a jogada mortal.
Rivaldo Gomes - 4.jun.12/Folhapress
Marcos Assunção, principal arma do time nas cobranças de falta
Marcos Assunção, principal arma do time nas cobranças de falta
Dos 22 gols marcados pelo melhor ataque desta edição da Copa do Brasil, nove (41%) tiveram origem em cobranças de falta, pênalti e escanteio.
Na Libertadores de 1999, a dependência era maior ainda. Treze dos 24 tentos (45%) que fizeram do Palmeiras campeão sul-americano nasceram de bolas paradas.
A ponto de o artilheiro do time no torneio ter sido um zagueiro bom de cabeça, Júnior Baiano, com cinco gols.
Foi na bola parada que o Palmeiras venceu o Coritiba por 2 a 0, na quinta passada, e abriu vantagem na final.
Jogando mal, o time paulista saiu na frente em cobrança de pênalti. Que nasceu de falta cobrada por Marcos Assunção, o Arce de 2012. A jogada se repetiu no segundo gol, uma bola desviada de cabeça por Thiago Heleno.
É graças à arma de 1999 que o Palmeiras conquistará sua segunda Copa do Brasil mesmo se perder por dois gols de diferença no Couto Pereira. Só um novo 2 a 0, mas favorável ao Coritiba, leva a decisão para os pênaltis.
"A gente vem jogando de uma forma, e as coisas estão acontecendo. Não é hora de mudar. Só a determinação que vai ser maior", afirmou o zagueiro e volante Henrique.
Dois anos depois de voltar ao Palmeiras e ser metralhado pela falta de resultados, Scolari enfim pode ter motivos para festejar. Graças à sua velha amiga --a bola parada.



Fonte:  http://www1.folha.uol.com.br

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