quinta-feira, 9 de abril de 2009

Cadel: Da UNIDADAE, VAI NASCER A NOVIDADE

A UJS teve um destacado papel na vitória do CADEL, mas o secreto da vitória foi a capacidade politica de aglutinar um conjunto de forças políticas..
UJS,PMDB,PDT,PPS construiram um amplo campo politico da disputa do Cadel,precisamos manter o campo e disputar o conjunto de batalhas do M.E

P.S: Quero aqui demostrar meu reconhecimeto pelo presidente da Juventude Socialista do PDT, companheiro ALAN ..Foi um grande lutador que a 3 anos vem disputando o CADEL..Desta vez vencemos..

5 comentários:

Anônimo disse...

Essa aliança ninguém esquece, UJS, PMDB, PDT e PPS!!

Natasha disse...

"Um movimento estudantil, unificado pra mudança do Brasil!!"

Anônimo disse...

só não vale se esquecer que toda essa 'esquerda' ai, inclusive a UJS vendeu a alma se aliando com o PSDB...

mas assim...

Anônimo disse...

Rodrigo,

Acho que a UJS nesse momento de vitória não pode esquecer as valoras contribuições de petistas para esse resultado. Falta fazer essa ratificação em público. A chapa da DS nào era chapa petisa. Mesmo lá muitos jovens aplaudiram essa derrota do Tiago e Cia.

Abraços!

Anônimo disse...

Do www.juventudeempauta.blogspot.com

Vitor Picanço. Ele é o "dragão da maldade". Pelo menos para os que foram derrotados na eleição do CADEL. De repente, um aluno aplicado, que nutre simpatia pelo PSDB, foi convertido num agente do capital financeiro internacional, do neoliberalismo e de uma enorme força política e social que produziu o resutado do pleito de 7 e 8 de abril. Seu apoio pessoal à chapa Pra Fazer Direito é, na justificativa plástica dos perdedores, algo que denifiu a eleição e que mancha a chapa vencedora.

Não vi o Vitor quando Maneschy derrotou Regina Feio para a Reitoria da UFPA.

Não vi o Vitor quando a chapa da Kizomba não alcançou o coeficiente mínimo para entrar no DCE/UFPA.

Também imagino que os eleitores da chapa Direito em Movimento eram todos marxistas revolucionários, assim como se proclama a JDS.

Fico imaginando se, ao usarem esse argumento, como elemento explicador da derrota ou como desqualificante da vitória alheia, estão demonstrando completa incapacidade de realizar um balanço que sirva à retomada da ação e redefinição estratégica ou, simplesmente, enganando sua base social mais orgânica e militante.

Quando o DM perdeu o CADEL em 2003, a chapa vitoriosa soube aproveitar a enorme polarização social em curso em Belém (PT x PSDB) com a intensa propaganda ideológica da gestão, aglutinando o estudante médio do curso, que quer se formar o mais rápido possível com qualidade e ter oportunidades profissionais e aqueles que, dentre estes, tinham uma opinião política mais à direita.

Em 2009, a chapa vitoriosa soube dialogar, através de um programa simples e direto, com o mesmo estudante médio descrito acima, cujo perfil pouco mudou, mas num contexto de baixa polarização ideológica (lembremos que o DM saiu absolutamente traumatizado neste terreno daquelas eleições de seis anos atrás e reproduziu isso com as novas gerações do Coletivo). E uniu esse diálogo a um fato: a atual gestão não cumpriu nenhuma de suas promessas eleitorais do final de 2007. Fórmula básica e certeira, com a pitada de se ter uma liderança popular dissidente do DM, justamente pela inércia da gestão, e um grupo que já mostrara alguns resultados práticos, mesmo não sendo gestão, comandado por Allan Correa.

Falar em "desgaste natural" por seis anos de gestão é pura lenda. Cada qual tem seu balanço a partir do que realizou. E, por anteriormente, não ter uma oposição que dialogasse com essa consciência predominante no curso, jamais o DM, até então, fora ameaçado de fato.

Para evitar a derrota, a chapa situacionista quis fazer acordo com a UJS, com a JS/PDT, com a JPMDB, com o PSTU etc. Sempre oferecendo vastos cargos e sob a retórica alarmista do "cuidado com o PSOL". O PSTU, declarado inimigo de tudo que o petismo representa e mais: com coletivo organizado e com estratégia própria para o curso. No que tange ao método das alianças, desconheceram, inclusive, as enormes diferenças de projetos que cada agrupamento desse tinha para o curso, como se comprovou pelo programa que as três chapas nas quais cada organismo desse se integrou apresentou para o Direito. A máxima, é fácil advinhar, era: sob nosso programa e liderança está tudo certo. Quiçá, dia seguinte, simplesmente descumpririam o acordo, relativizando-o e porclamando a vitória fictícia como sua a priori.

Penso diferente disso. Acredito que aliança é a confluência de opiniões convergentes acerca de um fato concreto. E, neste caso, tratava-se de qual programa de gestão apresentar para a escolha dos alunos de Direito. Não estava em questão o comunismo, a revolução, o internacionalismo, nem a classe estratégica ou outras coisas que se põe na baila para taxar um adversário como o portador de defeitos ante as enormes qualidades de grupo A ou B.

O programa da chapa Pra Fazer Direito, sintetizado em buscar a preparação profissional para concursos jurídicos, exame da OAB, oportunidades de estágios, cooperação interinstitucional para favorecer empregos para concluintes e estudantes do curso, acesso barato à meia-entrada e auxílio na carga-horária complementar, confluiu alunos de inúmeras ideologias e opiniões políticas, pois, de esquerda, centro ou direita, todos almejam esse resultado. O que não implica dizer que isso é em si uma plataforma de direita. Pelo contrário, representar os interesses reais de uma categoria é a significação-mor da esquerda, enfrentando quem tiver que enfrentar. E não estamos falando aqui de um sindicato patronal, mas de movimento estudantil. Quem acha que não, acredita, assim como PSOL e PSTU, que um CA é instrumento da propaganda revolucionária, da doutrinação ideológica. E aí temos que ser claros: moderados, não passam de pelegos diante da tal estratégia socialista. E, acima de tudo, traidores, pois apresentam um falso programa para a categoria que se pretendem representantes.

A chapa Pra Fazer Direito possui em sua maioria grupos de esquerda, que semearão tais valores e perspectivas entre seus membros e demais alunos do curso através de suas atividades e do convite a se organizarem em seus coletivos partidários. Mas, com o compromisso de realizar escrupulosamente a plataforma escolhida pelos estudantes de Direito. A direção da chapa é formada por comunistas, trabalhistas de esquerda e petistas. Mas, isso não implica a postura autoritária e demagógica de se fazer patrulha ideológica, rejeitar votos e apoios por questões doutrinárias. Por dois motivos: 1) no que é essencial, o programa, há amplo acordo; 2) não se tem dúvida acerca do pensamento político hegemônico.

Gostaria de saber se a chapa derrotada tem óbices a se promover semanas jurídicas com temas voltados aos concursos e exame de ordem, à parceria com escritórios, parlamentares, movimentos sociais, instituições jurídicas para oferecer estágios, carteira de meia-entrada a preço de custo , à legalizar o CADEL, a se ser rígido controlador da frequência de professores? É esta uma plataforma de direita? No que isso atrapalha a defesa e promoção dos direitos humanos, a luta por uma sociedade sem pobreza e miséria? Na mesquinharia do debate doutrinário, o que é mais eficaz para ganhar um estudante para essas causas? Isso ou oficinas de feminismo bolchevique? Vamos fazer o "debate de fundo" então?

O apoio de um aluno tucano impede que o CADEL faça campanha para a reeleição de Ana Júlia? O DM faria? Teria coragem de apresentar isso ao curso disputando "hegemonia", falando a verdade às "massas" ou promoveria um estelionato eleitoral, onde eleitos para um fim, fariam outra coisa? É essa tarefa de um centro acadêmico? Estamos, no caso da chapa perdedora, falando da existência, no método e concepção de ME, de um "PSOL" de direita e um "PSOL" de esquerda? Não comparem com a UNE. Ela, quando apoiou nos segundos turnos o presidente Lula o fez debatendo amplamente, mostrando a "cara", em CONEBs e CONEGs ou até mesmo em processos congressuais.

É para falar de coerência em "ser de esquerda", então faça, leitor, o comparativo entre a tese apresentada pela DS ao III Congresso do PT, de fazer alianças apenas com PSB e PC do B e a coligação de Raul Pont prefeito de Porto Alegre em 2004, a base de sustentação da prefeitura de Fortaleza e a do Governo do Pará atual . E mais: mesmo que conseguissem ser coerentes pelo menos com o que falam, seria a DS a portadora da única estratégia correta e verdadeira? Se assim fosse, porque constituem uma histórica minoria social e partidária? Porque a "crise revolucionária" ainda não se apresentou conforme acreditassem ter combinado? Mas, defendendo a "revolução democrática", programa que a maioria petista aprovou há 14 anos atrás? Ou tudo isso é "tático"? Oras, e por quê não podem considerar "tático" (tudo de escuso que se faz em nome de uma suposta "causa nobre") o simples apoio de um jovem tucano à chapa vitoriosa no CADEL?

Por favor, não me falem de "derrota do PT". Isso é tão verdade quanto afirmar seguinte raciocínio:

Deus é amor.O amor é cego.Steve Wonder é cego.Logo, Steve Wonder é Deus.Disseram-me que eu sou ninguém. Ninguém é perfeito. Logo, eu sou perfeito. Mas só Deus é perfeito. Portanto, eu sou Deus. Se Steve Wonder é Deus, eu sou Steve Wonder. Meu Deus, eu sou cego!

Ora, jamais pautaram o CADEL, com suas implicações para a FENED e a UNE, na direção juvenil partidária, nunca chamaram para o diálogo estratégico do curso as outras forças petistas, nem sequer para auxiliar numa campanha. Que conversa é essa, afinal? Não é para menos que todas as tendências da JPT festejaram ou pouco se importaram com a derrota. Aliás, essa ausência de diálogo é a marca de todos os processos que dirigem no estado.

A verdade é que levaram uma cossa tremenda, estão cabisbaixos e acanhados, encochados, até porque foram arrogantes e desrespeitosos, tratando todos como bobos e compráveis, considerando-se espertos por esse "insight". Mesma arrogância com que tratam suas bases ao tentar fazê-las reproduzirem tais desculpas esfarrapadas. Arrogância que não terá a chapa vencedora no trato dos seus aliados em busca de realizar uma grande gestão, unindo uma ampla maioria eleitoral a uma gigantesca capacidade de articular pensamentos diferentes, sem renunciar a uma hegemonia, cujo conceito é marcado principalmente pela idéia de persuasão, de convencimento de valores e representações mesmo nos que, em tese, deveriam pensar diferente.

Com as derrotas, ou se faz um balanço verdadeiro e sério ou se semeará apenas futuras mais amargas ainda derrotas. Sugiro à Kizomba que o faça e guarde a "nota oficial", o chororô moribundo. Ambos só servem para blindar os incompetentes e despreparados estrategas dessa juventude, que são os responsáveis por todas as derrotas colhidas desde 2007 e até de antes disso, começando a conta em 2005.

Aqui, eu termino esse assunto - CADEL - e modestamente me disponho às ordens para ajudar os ganhadores.