Mais de 80 estudantes de várias escolas públicas de Belém fecharam, no início da tarde desta segunda-feira (11), a avenida Governador José Malcher em frente a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Deodoro de Mendonça. Os alunos bloquearam a avenida em protesto contra a falta de segurança nas escolas, as más condições das instalações, o sucateamento da saúde pública em Belém e contra o preço das passagens de ônibus na capital paraense.
Segundo o estudante Bruno Cristian Santos, 18 anos, presidente do grêmio estudantil do Deodoro de Mendonça, o protesto não é somente contra as péssimas condições do ensino público, mas também pela melhoria em vários outros segmentos de Belém. 'Estamos protestando por saúde pública de qualidade, por mais segurança, pela melhoria nas instalações das nossas escolas', disse.
Sobre a greve dos professores do estado, Bruno disse que os professores têm o apoio dos estudantes. 'Eles precisam ter um salário digno. Imagina como é a vida de um professor do Estado que tem três filhos para sustentar. Eu mesmo, se ganhasse o pouco que eles ganham, já teria desistido da profissão', diz o estudante.
Durou cerca de três horas o protesto dos estudantes da rede pública de ensino, que bloquearam, no início da tarde desta segunda-feira (11), a avenida José Malcher, bairro de Nazaré, em Belém. Os estudantes tinham a intenção de seguir em marcha até a praça da Leitura, no bairro de São Bras, mas a chuva forte, que caiu em Belém, impediu a continuação do protesto.
Segundo Cleiton Costa, estudante e presidente da UMES (União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas), o protesto terminou, mas não irão parar por aí. 'Mesmo a marcha não tendo avançado como queríamos o protesto fez efeito. As pessoas pararam para ouvir e a imprensa também chegou para mostrar o nosso ato. Os governantes precisam saber que não vamos aceitar que a educação fique como está', disse o estudante.
Os mais de 80 alunos, de várias escolas da rede estadual de ensino, reivindicaram melhorias na qualidade de ensino, maior segurança nas escolas e o aumento para os professores. 'Nós apoiamos a greve de nossos professores. Se o governo não nos der uma resposta, semana que vem estaremos novamente nas ruas para protestar', conclui Cleiton Costa.
2 comentários:
e a nova diretoria da UMES já mostra pra que veio! Parabéns para todos os secundas que estavam presentes no ato!
Muito bom seu blog. Meus parabéns!
Que bom que ainda tem pessoas, principalmente estudantes, que sabem lutar por aquilo que acreditam!
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