segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ditadura no Brasil : Dilma Lutou , Serra fugiu...

Em que mãos você gostaria que estivesse o Brasil? Qual o verdadeiro diploma que cada um tem e que conta para construir um país justo, soberano e humanista?

Nas horas mais difíceis se revela a personalidade – as forças e as fraquezas - de cada um. Os franceses puderam fazer esse teste quando foram invadidos e tinham que se decidir entre compactuar com o governo capitulacionsista de Vichy ou participar da resistência. Os italianos podiam optar entre participar da resistência clandestina ou aderir ao regime fascista. Os alemães perguntam a seus pais onde estavam no momento do nazismo.

No Brasil também, na hora negra da ditadura militar, formos todos testados na nossa firmeza na decisão de lutar contra a ditadura, entre aderir ao regime surgido do golpe, tentar ficar alheios a todas as brutalidades que sucediam ou somar-se à resistência. Poderíamos olhar para trás, para saber onde estava cada um naquele período.

Dois personagens que aparecem como pré-candidatos à presidência são casos opostos de comportamento e daí podemos julgar seu caráter, exatamente no momento mais difícil, quando não era possível esconder seus comportamentos, sua personalidade, sua coragem para enfrentar dificuldades, seus valores.

José Serra era dirigente estudantil, tinha sido presidente do Grêmio Politécnico, da Escola de Engenharia da USP. Já com aquela ânsia de poder que seguiu caracterizando-o por toda a vida, brigou duramente até conseguir ser presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE) de São Paulo e, com os mesmos meios de não se deter diante de nada, chegou a ser presidente da UNE.

Com esse cargo participou do comício da Central do Brasil, em março de 1964, poucas semanas antes do golpe. Nesse evento, foi mais radical do que todos os que discursaram, não apenas de Jango, mas de Miguel Arraes e mesmo de Leonel Brizola.

No dia do golpe, poucos dias depois, da mesma forma que as outras organizações de massa, a UNE, por seu presidente, decretou greve geral. Esperava-se que iria comandar o processo de resistência estudantil, a partir do cargo pelo qual havia lutado tanto e para o qual havia sido eleito.

No entanto, Serra saiu do Brasil no primeiro grupo de pessoas que abandonou o país. Deixou abandonada a UNE, abandonou a luta de resistência dos estudantes contra a ditadura, abandonou o cargo para o qual tinha sido eleito pelos estudantes. Essa a atitude de Serra diante da primeira adversidade.

Por isso sua biografia só menciona que foi presidente da UNE, mas nunca diz que não concluiu o mandato, abandonou a UNE e os estudantes brasileiros. Nunca se pronunciou sobre esse episódio vergonhoso da sua vida.

Os estudantes brasileiros foram em frente, rapidamente se reorganizaram e protagonizaram, a parir de 1965, o primeiro grande ciclo de mobilizações populares de resistência à ditadura, enquanto Serra vivia no exílio, longe da luta dos estudantes. Ficou claro o caráter de Serra, que só voltou ao Brasil quando já havia condições de trabalho legal da oposição, sem maiores riscos.

Outra personalidade que aparece como pré-candidata à presidência também teve que reagir diante das circunstâncias do golpe militar e da ditadura. Dilma Rousseff, estudante mineira, fez outra escolha. Optou por ficar no Brasil e participar ativamente da resistência à ditadura, primeiro das mobilizações estudantis, depois das organizações clandestinas, que buscavam criar as condições para uma luta armada contra a ditadura militar.

No episódio da comissão do Senado em que ela foi questionada por ter assumido que tinha dito mentido durante a ditadura – por um senador da direita, aliado dos tucanos de Serra -, Dilma mostrou todo o seu caráter, o mesmo com que tinha atuado na clandestinidade e resistido duramente às torturas. Disse que mentiu diante das torturas que sofreu, disse que o senador não tem idéia como é duro sofrer as torturas e mentir para salvar aos companheiros. Que se orgulha de ter se comportado dessa maneira, que na ditadura não há verdade, só mentira. Que ela e o senador da base tucano-demo estavam em lados opostos: ela do lado da resistência democrática, ele do lado da ditadura, do regime de terror, que sequestrada, desaparecia, fuzilava, torturava.

Dilma lutou na clandestinidade contra a ditadura, nessa luta foi presa, torturada , condenada, ficando detida quatro anos. Saiu para retomar a luta nas novas condições que a resistência à ditadura colocava. Entrou para o PDT de Brizola, mais tarde ingressou no PT, onde participou como secretária do governo do Rio Grande do Sul. Posteriormente foi Ministra de Minas e Energia e Ministra-chefe da Casa Civil.

Essa trajetória, em particular aquela nas condições mais difíceis, é o grande diploma de Dilma: a dignidade, a firmeza, a coerência, para realizar os ideais que assume como seus. Quem pode revelar sua trajetória com transparência e quem tem que esconder momentos fundamentais da sua vida, porque vividos nas circunstâncias mais difíceis?

Fonte: Blog do Emir

4 comentários:

Anônimo disse...

Voce estava lá nesta época para saber o que realmente se passou?
Me esqueci voce não tinha nem nascido, né?
Serra saiu do Brasil porque como presidente da UNE estava muito mais esposto né, do que a Dilma que era só uma estudante mineira sem nenhuma expressão na época, por isso, não tinha olhos voltados para ela.
Se Serra não fosse presidente da UNE e fosse apenas um estudantizinho paulista não precisaria fugir.
Voce esqueceu de dizer que junto dele, muitos outros líderes do PT também fugiram, porque naquela época eram expoentes.
Não é por aí a diferença entre os dois.
Concordo que entre os dois opto pela Dilma.

Rodrigo Moraes disse...

Caro anonimo a Dilma Aderiu a Luta Armada ..Serra Fugiu e isso é fato , nao importa eu ter nascido ou não no período..isso é história

Anônimo disse...

Não companheiro isto é Estória.

Blog do Beluzzi disse...

POIS É.

A DILMA LUTAVA PELO QUE?

PARA IMPLANTAR O COMUNISMO NO BRASIL?

PARA SERMOS TODOS "FILHOS" DO COMANDANTE FIDEL?

OU DO CAMARADA LENIN?

OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS?

MATAR, ROUBAR, EM NOME DA REVOLUÇÃO?

QUE REVOLUÇÃO?

POIS É.

GRAÇAS A DEUS ELA, A DILMA, NÃO CONSEGUIU IMPLANTAR A SUA SONHADA DOUTRINA COMUNISTA, DA QUAL HOJE ESTA BEM AFASTADA, ALIÁS, SENÃO VEJAMOS O SALÁRIO QUE ELA E OS COMPANHEIROS IRÃO RECEBER DA PETROBRAS, PARA NÃO TRABALHAR, ISTO DENTRE OUTRAS COISINHAS MAIS, COMO CASA, COMIDA, ROUPA NOVA E LAVADA, SAPATOS, AUTOMOVEIS, MOTORISTAS, ENFIM TUDO AQUILO QUE UM MINISTRO DE "ESTADO" TEM DIREITO NO BRASIL.

PORQUE ELA FOI INCOMPETENTE, HOJE PODEMOS ATÉ QUESTIONAR O QUE ACONTECEU E ACONTECE SEM MEDO DE SERMOS PRESOS, OU MORRERMOS DE FOME NUMA MASMORRA POLÍTICA CUBANA,

BOM DOMINGO, COM BASTANTE LIBERDADE E ACESSO IRRESTRITO À INTERNET E SEUS CONTEÚDOS.

ALIÁS EU TAMBÉM NÃO ME SIMPATIZO COM O SERRA, JÁ QUE É FARINHA DO MESMO SACO, POIS FUGIU DO BRASIL OU FOI BANIDO, COMO DIZEM, PORQUE TAMBÉM DESEJA IMPLANTAR O COMUNISMO NO BRASIL, MOTE MAIOR DA REVOLUÇÃO DE 64. NA VERDADE ESTAMOS NUM "MATO SEM CACHORRO". SE PULAR DA FRIGIDEIRA, CAÍMOS NO FOGO.