Esta quarta-feira 03 de junho é uma data que passará para história da América: a Organização dos Estados Americanos (OEA) revogou a suspensão contra Cuba que vigorava desde 1962, em razão dos vínculos "marxistas-leninistas" do regime.
A anacrônica proibição foi suspensa por unanimidade das chancelerias presentes a 39ª Assembleia Geral do órgão, em São Pedro Sula, Honduras.
"A resolução VI adotada em 31 de janeiro de 1962 na 8ª reunião de consulta de ministros das Relações Exteriores, mediante a qual se excluiu o Governo de Cuba de sua participação no Sistema Interamericano, fica sem efeito na Organização dos Estados Americanos", diz o primeiro ponto da nova resolução.
A volta de Cuba, no entanto, não está acertada. A própria Ilha alega não ter interesse em retornar a OEA por considerá-la um instrumento dos interesses norte-americanos na região. O líder e ex-presidente cubano Fidel Castro fez duras críticas ao organismo em sua coluna na impresa daquele país. "A OEA foi cúmplice de todos os crimes cometidos contra Cuba", alegou.
A despeito de seus efeitos práticos, a posição adotada pelos países nesta quarta-feira tem grande valor simbólico e político, pois é mais um passo patrocinado pela união das nações latino-americanas para por termo ao injusto isolamento imposto ao país socialista e mira um objetivo maior: acabar de uma vez por todas com o embargo genocida imposto pelos EUA, há mais de 40 anos, contra Cuba e seu povo.
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