GUSTAVO PETTA
Terminou ontem, o primeiro prazo para as universidades federais ingressarem no Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). A discussão do Reuni tem sido alvo de intensa mobilização nas universidades: amplos setores (dirigentes, professores, funcionários e estudantes) apóiam a medida, enquanto ocorre uma aliança - na prática - entre setores conservadores e extremistas que tentam inviabilizar as adesões ao Programa. Mesmo assim, 32 universidades já aderiram ao Reuni.Os objetivos do Programa são aceitáveis: ampliar o acesso e a permanência na educação superior, com melhor aproveitamento da estrutura física e dos recursos humanos existentes. Para isso, propõe se o aumento da relação professor/aluno (1/ 18), a elevação para 90% a taxa de aprovação dos estudantes ao final de cinco anos, a redução das taxas de abandono da faculdade, a ocupação das vagas ociosas e a realização do aumento de vagas, principalmente no período noturno. Cada universidade é responsável pela elaboração de seu plano de expansão e reforma do currículo. Podendo solicitar o ingresso no programa quando achar conveniente. Pra quem aderir, a contrapartida do MEC é o aumento no repasse de verbas. O Ministério da Educação pretende investir cerca de R$ 2 bilhões até 2010.Existindo a contrapartida de um maior financiamento, não há motivos para temer a expansão. O aumento de vagas é uma necessidade e expandir a educação pública sempre foi uma reivindicação legítima do movimento estudantil.
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