A atitude de uma comissão de senadores de direita pode prejudicar de forma irreversível a ação do Ministério do Trabalho no combate ao trabalho escravo e à superexploração dos trabalhadores. Os senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Katia Abreu (DEM-TO) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA) estão entre os congressistas que colocaram em dúvida a seriedade do trabalho exercido pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel, criado em 1995 para combater o trabalho escravo no país. O precedente é perigoso e pode incentivar fazendeiros a procurarem apoio parlamentar para encobrir seus crA fiscalização do trabalho escravo no País está interrompida por tempo indeterminado após sofrer pressão política de um grupo de congressistas da oposição de direita que atuam a favor dos interesses de latifundiários. A decisão foi comunicada na sexta-feira, dia 21, ao ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi e divulgada nesta segunda-feira, 24.
De acordo com memorando de Ruth Vilela, chefe da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), direcionado ao ministro Carlos Lupi, o motivo foi a desqualificação de uma operação de libertação de escravos por uma Comissão Temporária Externa do Senado Federal e ameaças feitas por esta comissão contra os fiscais do trabalho. Na quinta-feira (20), cinco senadores visitaram a fazenda Pagrisa, localizada em Ulianópolis (PA), que no dia 30 de junho foi palco da maior libertação de trabalhadores da história do país. Ao todo, 1.064 trabalhadores que atuavam na lavoura de cana-de-açúcar foram resgatados pelo grupo móvel de fiscalização - formado por auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), procuradores do Ministério Público do Trabalho e delegados e agentes da Polícia Federal.
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