A entidade que teve sua sede desapropriada em 1964 luta por um novo espaço
Na noite do dia 1º de abril de 1964 mais de 200 pessoas, que participavam de uma vigília cívica em defesa da democracia, viram as tropas lideradas por José Lopes de Oliveira, conhecido como “coronel peixe-agulha”, adentrar e destruir a sede da União Acadêmica Paraense, em Belém. Durante o ato muitos estudantes foram presos e torturados. Perseguida e sem um espaço para reuniões, a UAP foi fechada.
Mais de 40 anos se passaram até que o movimento estudantil paraense, em 2007, conseguisse retomar suas atividades. O terreno da antiga sede hoje abriga o luxuoso Hotel Regente, lugar que já foi palco de muitas manifestações e trajeto de passeatas.
Hoje, com uma instituição consolidada e combativa em defesa da educação e dos interesses da juventude, a UAP intensifica sua campanha pela retomada de sua sede, lançando uma campanha nacional com um abaixo-assinado virtual à favor de uma reparação por parte do governo.
A UAP pede que o governo estadual conceda aos estudantes um espaço para abrigar uma nova sede, reparando a perseguição, prisão e tortura que a entidade e seus dirigentes sofreram. Sem um espaço, a entidade se mobiliza por meio das redes sociais, blog e das atividades dentro das instituições de ensino.
“Lutamos por algo que nos é de direito, que foi tomado e que é de extrema importância e necessidade para a consolidação do movimento estudantil paraense. A concessão de espaço é o mínimo que o governo pode oferecer por toda opressão causada à entidade”, acredita a presidente da UAP, Tamara Figueiredo.
Para participar do abaixo-assinado é fácil. Basta acessar o site Petição Pública, preencher o formulário e automaticamente você terá aderido à campanha da UAP por uma nova sede. Para ajudar ainda mais, o internauta pode também divulgar o abaixo-assinado para os seus contatos de e-mail. O próprio site Petição Pública lhe oferece essa opção.
Acesse: http://uapoficial.blogspot.com
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Fonte: Redação UNE
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