A partir do próximo vestibular, as universidades devem adotar a nova lei sancionada pela Presidente Dilma Rousseff, sobre os sistemas de reserva de vagas em universidades públicas. No Pará, a Universidade Federal do Pará (UFPA) já estudou as novas regras e adaptou seu sistema de cotas à nova legislação. Com isso, a partir do Processo Seletivo 2013 (PS 2013), a Federal Paraense institui um novo tipo de cota: a cota renda.
A Lei Federal nº 12.711/2012 reserva 50% das vagas ofertadas nos cursos de graduação para estudantes que cursaram todo o ensino médio na rede pública de ensino e, destas, 50% para alunos cuja renda familiar per capita seja de até um salário mínimo e meio, o que está sendo chamado de cota renda. Mas o que isso significa para os estudantes que concorrem a uma vaga no próximo vestibular da UFPA?
“A nova Lei mostra o quão avançado é o nosso sistema de cotas. Desde 2008, a UFPA adota a reserva de 50% das vagas para alunos da rede pública de ensino. Além disso, mantemos 40% destas vagas reservadas para estudantes que se autodeclaram negros ou pardos. A novidade trazida pela Lei é que, tanto em relação à cota escola quanto em relação à nossa cota cor, 25% destas vagas passarão a ser reservadas para estudantes pertencentes a famílias cuja renda per capita não ultrapasse 1,5 salários”, detalha Marlene Freitas, pró-reitora de Ensino de Graduação (Proeg) da UFPA

Apreciação - Assim, no PS 2013 da UFPA, o correspondente a 22% das vagas será destinado aos alunos da rede pública, por meio da chamada cota escola; 8% são voltadas para a cota escola renda, ou seja, aos alunos que, além de serem estudantes da rede pública, também tenham renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo; outros 15% das vagas são destinadas à cota cor, ou seja, reservadas aos alunos que, além de serem de escolas públicas, autodeclaram-se negros ou pardos; 5% são reservados para a cota cor renda, ou seja, serão reservadas a estudantes que estudaram todo o ensino médio na rede pública, autodeclaram-se negros ou pardos e possuem renda familiar de até 1,5 salário mínimo per capita. “Esses percentuais são aproximados, já que, na verdade, o cálculo é feito a partir de cada curso”, explica Marlene Freitas.

Em todos os cursos da UFPA, também há a possibilidade de criação de duas vagas para alunos oriundos de populações indígenas e outras duas para estudantes de origem quilombolas. “Esta cota para quilombolas será adotada pela primeira vez em 2013 e foi criada na reunião do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) realizada no final do mês de agosto”, conta.
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