quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Festival da Música Popular Paraense na 4ª edição




Festival da Música Popular Paraense na 4ª edição  (Foto: Daniel Pinto)
Aposta na diversidade é a principal aposta do festival (Foto: Daniel Pinto)
Na noite de hoje, artistas de diferentes épocas, estilos e trajetórias se encontram no palco do 4º Festival de Música Popular Paraense. Com ritmos para todos os gostos, a final do evento apresenta 12 canções de compositores locais - ótima oportunidade para conhecer um pouco mais destes legítimos responsáveis pela ebulição atual da cena musical amazônica. A grande festa acontece a partir das 20h, na sede campestre da Assembleia Paraense, e terá transmissão ao vivo pela RBA TV.
Com chorinho, tecnomelody, samba e pop (entre outras nuances sonoras), a final da competição prometer ter mais cara de confraternização do que qualquer outra coisa. Para os artistas, encontros como estes se traduzem em novas possibilidades de parceria e de crescimento profissional. “Para mim é um orgulho estar entre os finalistas. Ganhando ou não, já é uma experiência incrível que com certeza não iremos esquecer”, afirma Renan Sanches, líder da banda ARK, que estreia no festival com a música “Implora”.

Emoção une novatos e veteranos
E a emoção não é diferente para os veteranos. O compositor Ronaldo Silva venceu a última edição do festival com a música “Pra recordar a Balança”, letra e arranjo feito em conjunto com seu parceiro Allan Carvalho. Agora, retorna à competição com a canção “Choro Fulô”, que será interpretada pela cantora Camila Honda e tocada pelo grupo Charme do Choro. “Ano passado ganhamos o grande prêmio, melhor arranjo e voto popular. Foi uma emoção e tanto. Mesmo assim, sempre dá um friozinho na barriga. Festival é isso, por isso que é bom”.
Toda a ansiedade dos participantes é justificada pelo próprio processo do festival. As eliminatórias aconteceram no final de agosto, em Belém e Marabá. Foram mais de 700 canções inscritas, sendo que somente doze poderiam ir para a grande final. De lá para cá, foi um mês de intensa preparação para os escolhidos. “Depois que soube que minha música ‘Quero Falar’ foi escolhida, a dediquei bastante a isso, trabalhando na divulgação dela já como participante do festival”, conta o compositor Jorginho Gomez, que engrossa o time de finalistas deste ano.
Além de incentivar os participantes a produzirem ainda mais, o festival também premia em dinheiro os vencedores. Na categoria melhor música, há premiação para os três primeiros lugares: R$ 12 mil para o primeiro colocado; R$ 7 mil para o segundo e R$ 5 mil para o terceiro lugar. O melhor intérprete e o melhor arranjo também serão premiados com R$ 2 mil cada um.
Com uma super estrutura de palco e banda base disponível para todos os finalistas, o festival promete ser um show à parte para o público. Foram disponibilizados dez mil convites para a final. Ainda é possível garantir a entrada para esta grande festa. Basta retirar convites nas lojas Tem Classificados e no prédio da RBA.

O rock’n roll vai invadir o palco da Assembleia Paraense na noite de hoje pelas mãos da banda marabaense Prima-Matéria. Eles defendem ‘Pesadelo’, que relata um sonho tão recorrente quanto assustador. “Rolando na cama num sono profundo/ Num pesadelo/ Eu quero acordar/ Me vejo num espelho/ Em cima do muro/ Num precipício/ Não dá pra escapar”, diz um trecho da canção.
A banda Prima-Matéria teve início quando Antônio Cavalcante e Daniel Jorge, já parceiros de outras bandas, se uniram a Vinicius Oliveira há três anos e apostaram em uma formação instrumental básica (guitarra, baixo e bateria), mas de muita consistência sonora. A banda une influências psicodélicas, grunge, progressivo, indie, e musica eletrônica, forjando um estilo próprio bem difícil de rotular.
Dentre as influências musicais do trio, destaque para Radiohead, Audislave, Los Hermanos, Nirvana, Syd Barrett, The Doors, Muse e Franz Ferdinand. Já com algum tempo de estrada a banda já realizou inúmeras apresentações em bares e boates, além de ter participado de vários festivais.
As influências do rock foram inúmeras para o vocalista da Prima-Matéria, que desde a infância já ouvia Beatles e Elvis. Aos 14 anos decidiu aprender a tocar guitarra, e mesmo sem ter um emprego fixo, fazendo “bicos” para juntar dinheiro, logo conseguiu comprar o primeiro instrumento musical, que a partir dali, seria o seu companheiro de vida.

EXPECTATIVA
A noite de hoje reserva muitas surpresas para todos os candidatos. “As expectativas são as melhores possíveis. Só o fato de já estarmos na final é muito importante. Acredito que todos os finalistas também pensam assim, já que o festival dá uma visibilidade para os músicos que é essencial para a carreira”, afirma Antonio, que sabe da responsabilidade de estar concorrendo com músicos mais experientes. “Sei que tem muita gente boa da própria capital concorrendo, mas vamos ver mesmo é o parecer do júri, no final. Fico orgulhoso de ver a outra representante de Marabá, a Nilva Burjack, que tem uma música muito boa concorrendo. Mas isso não nos intimida”.
Fonte:(Diário do Pará)

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