quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Professores mantêm paralisação no dia 12



Professores mantêm paralisação no dia 12 (Foto: Marco Santos)
(Foto: Marco Santos)
 Se para o governo o resultado da reunião com os professores e alunos da Universidade do Estado do Pará (Uepa), na última terça-feira (4), foi positivo, para os trabalhadores foi um fiasco. Essa é a avaliação da categoria, segundo a professora Beth Lucena, diretora do Sindicato dos Docentes e Técnicos da Uepa (Sinduepa). A categoria se reuniu, ontem à noite, no Campus da Uepa da Djalma Dutra, para avaliar o resultado do encontro.
“Não houve alteração nas negociações, até agora só foi garantida a manutenção dos temporários”, avaliou, Beth referindo-se à pauta de reivindicações com 11 pontos, encaminhada ao governo e que inclui ainda a correção da defasagem salarial, aumento do valor do orçamento da universidade, concurso público, discussão com a comunidade acadêmica da implantação do Plano de Cargos, Carreira e Salário (PCCS), e a não redução de R$ 622, para R$ 400 do valor da bolsa de monitoria (pesquisa e extensão) paga a estudantes que apoiam o movimento.
Segundo a professora, os temporários, que eram 153 até o ano passado, já chegam a 347. Ela disse que a categoria continua em estado de greve e que está mantida para o dia 12 a data para o início da paralisação caso não haja acordo com o governo.
Uma próxima rodada de negociações entre a comissão de negociações do governo e os representantes do sindicato, com a participação da titular da Secretaria de Estado de Administração (Sead), Alice Vianna, está marcada para a próxima terça-feira (11), mas o lugar ainda não foi definido, segundo Beth. “No dia 12 começamos a greve se a reunião não der resultado”, adiantou a sindicalista, que acha que a paralisação será inevitável já que o governo, segundo ela, não tem dado demonstrações de que pretende atender a categoria.
Uma das questões que serão levadas na próxima reunião será o piso salarial dos docentes, que hoje está abaixo do piso dos professores da educação básica. Segundo o Sinduepa, o Estado paga hoje salários mais altos para professores do ensino médio (R$ 1.451) do que para professores de ensino superior (R$ 1.170).

BANPARÁ
Os funcionários do Banco do Estado do Pará não chegaram a um acordo durante reunião com a diretoria do Banco, que se estendeu até a noite, ontem, e decidiram manter a greve da categoria iniciada na terça-feira (4).
Os sindicalistas afirmam que o movimento já atinge as 12 agências da Região Metropolitana de Belém (RMB). De acordo com o Sindicato dos Bancários do Pará, cerca de 90%, dos 1.300 funcionários que atuam nesta RMB, estão parados e 80% no interior do estado. Segundo a assessoria do Sindicato, “não teve avanço na proposta apresentada pelo governo e a greve está mantida”.
O Banpará é o único que ainda não tinha se reunido com os bancários para negociar a pauta de reivindicações e o encontro realizado com a categoria, ontem, foi agendado depois do anúncio da greve.
A única coisa que ficou acertada foi a renovação do atual acordo entre os bancários e a diretoria do Banco até que uma nova proposta seja assinada, o que significa, segundo os sindicalistas, que todos os ganhos que valiam no último ano continuam em vigor até que um novo documento seja assinado.
Segundo o Banpará, o aumento salarial será negociado a partir da instância nacional, que avalia proposta de reajuste de 10,25%. Só as reivindicações sociais serão tratadas localmente.
Uma nova reunião foi marcada para as 10h do próximo dia 11, na sede do Banpará, em Belém. Os bancários querem reajuste de 10,95%, participação nos lucros da empresa, aumento do piso salarial e implantação de auxílio para plano odontológico dos servidores e seus familiares. 
Fonte: Diário do Pará

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