segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Propaganda no rádio e TV, é hora de debater com a maioria do povo


Começa nesta terça-feira, 21 de agosto, o horário eleitoral gratuito. É a fase mais importante da campanha, pelo menos das eleições para as Prefeituras, pois é quando os candidatos falam ao grande público e buscam conquistar a opinião da maioria do eleitorado. Não falarão para um setor específico, mas para o conjunto da população.


Por José Reinaldo Carvalho*


É falso que o povo “está farto de política” e não se interessa pelas eleições. Seu engajamento na campanha não obedece, por óbvio, ao mesmo ritmo dos candidatos e quadros partidários. Mas é real e se tornará pleno na medida em que o apelo da disputa tiver força. Não só o povo não tende ao absenteísmo, como, pelo contrário, eleva paulatinamente sua consciência política e se torna cada vez mais exigente em relação aos candidatos e partidos. 

A campanha no rádio e na TV é um momento importante de interação entre os candidatos e o povo, pois é o momento do debate aberto de ideias, programas e planos de governo.

É o momento ideal para os comunistas mostrarmos a que viemos. O Partido Comunista do Brasil tem um programa político com propostas inovadoras, atuais e adequadas à situação do mundo contemporâneo e à realidade nacional.

Temos objetivos grandiosos a cumprir, responsabilidade histórica e compromisso com as aspirações e lutas dos trabalhadores, do povo brasileiro e com os interesses nacionais.

O partido concentra seus esforços na mobilização e união do povo brasileiro em torno do governo da presidenta Dilma Rousseff para avançar na conquista do desenvolvimento nacional com justiça e progresso social, distribuição de renda e valorização do trabalho, objetivos que serão concretizados no marco de uma luta de maior envergadura por reformas estruturais democráticas.

As eleições municipais deste ano são um importante elo nesta batalha. A propaganda dos nossos candidatos deve ter isso bem presente. Com criatividade, plasticidade e ligação com os problemas locais, os objetivos da luta do povo brasileiro na atual etapa histórica devem estar sempre em nossa perspectiva.

Está em curso uma luta política na qual as forças reacionárias buscarão identificar o governo da presidenta Dilma e as forças partidárias que o constituem com a corrupção e o fisiologismo. 
A fastidiosa cobertura midiática sobre o julgamento do chamado “mensalão” serve a este objetivo e neste momento é a maneira que as forças conservadoras encontraram para desqualificar a luta política e promover a polarização que lhes interessa.

As forças progressistas no governo têm conquistas a apresentar e certamente estas não pertencem a apenas um partido. Resultam dos esforços de toda a coalizão liderada por Lula nos seus dois mandatos e agora por Dilma.

A campanha eleitoral é um momento adequado para apresentar essas conquistas. Elas são importante trunfo na campanha eleitoral. 

Os candidatos da nossa coalizão e especialmente os comunistas devem mostrar os esforços que têm sido feitos pela democratização do país, o combate à miséria, pela justiça social e por mudanças econômicas e sociais, assim como a projeção internacional do Brasil tendo como eixo a defesa da soberania nacional e a integração regional.

Na propaganda eleitoral no rádio e na TV, os comunistas devem mostrar que os êxitos nacionais não estão desvinculados da ação política e administrativa do poder local – dos prefeitos e vereadores, que são os responsáveis pela capilarização das políticas públicas e pela justa aplicação dos recursos arrecadados da população sob a forma de impostos. O poder local é um elo importante da participação democrática e é o primeiro ente político a interagir com o povo na busca de solução para os seus problemas.

Vamos nos dirigir à população através do rádio e da TV para pedir o voto a uma liderança, uma legenda partidária, uma coalizão de forças. Mas isto não é tudo. O voto será a consequência e a expressão de confiança entre o eleitor, o candidato e o partido em função da clareza das propostas e da justeza das ideias defendidas. A campanha eleitoral no rádio e na TV apresenta o desafio de popularizar o nome do candidato, mostrar suas qualidades como liderança política e administrativa, e acima de tudo, sua identidade com ideias políticas transformadoras, o que se traduz por um programa político coerentemente formulado e um plano de metas factível.

É necessário priorizar o debate de propostas concretas de políticas públicas ligadas às necessidades prementes da população, à realidade dos municípios, propostas exequíveis e inteiramente diferenciadas dos apelos demagógicos e ideias mirabolantes.

É imperioso mobilizar o povo evidenciando a ligação orgânica e intrínseca das políticas públicas em nível municipal com o Projeto Nacional de Desenvolvimento defendido pelo Partido, as ideias que se encontram no núcleo do programa partidário aprovado em congresso.

A campanha eleitoral municipal é um importante momento para levar adiante a luta pela universalização de direitos econômicos e sociais, pela humanização das cidades, pela reforma urbana, que tem tudo a ver com o conjunto das reformas estruturais democráticas que constituem a plataforma do Partido para esta etapa.

As propostas a serem apresentadas na propaganda eleitoral no rádio e na TV devem basear-se em diagnósticos bem feitos dos graves problemas urbanos, problemas que a sofrida população enfrenta em seu cotidiano. O programa eleitoral e o plano de governo adquirem sentido quando dão respostas corretas às demandas da população. 

O candidato deve ser concreto na proposição de medidas sobre o trânsito, os transportes públicos, as obras de infraestrutura, a habitação, o meio ambiente, a educação, a saúde, a segurança, a cultura, o esporte, o lazer. E levar sempre em conta as enormes e variadas possibilidades que têm os municípios de fazer parcerias com o governo federal no desenvolvimento de projetos ligados à execução de políticas públicas. 

Que cidade queremos para o presente e o futuro, como humanizá-las, é o desafio dos que se candidatam a prefeito. Este deve ser a liderança política e administrativa capaz de levar adiante realizações à altura da luta por avanços civilizacionais no século 21. 

Debater as cidades é debater o Brasil e vice-versa. A reforma urbana e a humanização das cidades fazem parte de uma luta maior, por transformações políticas e sociais de fundo. Por isso, a campanha eleitoral é também o momento mais propício à divulgação para o grande público dos elementos de identidade do Partido – seu programa geral, sua sigla, seu símbolo, sua bandeira vermelha, elementos que há 90 anos imprimem a marca da presença comunista na vida nacional.

Fonte: Vemelho 

Texto: Secretário nacional de Comunicação do PCdoB

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