terça-feira, 12 de junho de 2012

Congresso da UJS define prioridades e reelege André Tokarski



Congresso UJS
André Tokarski foi reeleito para mais um mandato como presidente
André é filiado à entidade desde os seus 13 anos e ficará por mais dois anos na presidencia. Em entrevista ao Vermelho ele avaliou que o Congresso foi extremamente vitorioso. “Reunimos mais de 100 mil militantes durante o processo de base e trouxemos para o Rio na plenária final 1100 delegados e 1700 participantes, que representaram todos os estados brasileiros”. 

O jovem conta que além da grande participação, o Congresso chamou atenção também pelo caráter inovador, pois não ficou só nos debates políticos, foi realizado o 1º Festival de Cultura da UJS. Mas a parte política não ficou por menos, reunindo os temas e personalidades que analisaram o atual momento por que passa o Brasil e o mundo. 

Desafios

Sobre os próximos desafios, Tokarski aponta como principal batalha a participação dos jovens socialistas nas eleições deste ano. “A UJS foi protagonista na conquista do direito de voto aos 16 anos e agora nosso desafio é fazer com os jovens sejam também votados”.

André lembra que mais de 100 militantes são candidatos no Brasil inteiro e a UJS pode ter a primeira prefeita de capital, a deputada federal Manuela D’Ávila, que pode se eleger em Porto Alegre. 

Quanto ao resultado dos debates do Congresso da UJS, André aponta duas prioridades que serão enfrentadas pelos jovens no próximo período. “Analisamos que para o Brasil avançar ainda mais, é preciso vencer dois entraves: a oligarquia do setor financeiro e a oligarquia da velha mídia”. 

Direitos da juventude


Além desta luta estratégica, o dirigente socialista explica que algumas pautas também vão entrar na ordem do dia dos jovens. “Vamos intensificar nossa luta por conquistas efetivas de direitos. Nesse sentido, é prioridade aprovar o Estatuto da Juventude, que está no Senado, garantir no Plano Nacional de Educação o investimento de 10% do PIB para o setor educacional e os 50% do fundo do Pré-sal também na educação”. 

Por último, André diz que foi objeto de discussão no Congresso a violência crescente que tomou conta da juventude. Vamos realizar uma campanha contra a violência juvenil, que se tornou um problema crônico. Segundo dados do Ministério da Justiça, 90% das mortes por causa violenta ocorrem com jovens entre 15 e 29 anos”. 

Prestígio


O Congresso da UJS mostrou o prestígio alcançado pela entidade. O ato político no sábado (9) reuniu personalidades da política e do movimento estudantil. Os jovens ocuparam o teatro da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) para ouvir os discursos do prefeito da cidade Eduardo Paes, do presidente do PCdoB, Renato Rabelo, da deputada federal Manuela d’Ávila (PcdoB-RS), do senador Inácio Arruda (PcdoB-CE), entre outros, que defenderam a regulamentação da mídia.

Também participaram o ex-ministro Orlando Silva, a presidenta Manuela Braga, da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes); Hanói Sanches, secretário geral da Federação Mundial das Juventudes Democráticas (FMJD); Daniel Iliescu, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE);e André Tokarski, presidente nacional da UJS.

Manuela Braga iniciou o ato parabenizando o resultado positivo do Congresso e os jovens militantes presentes, citando a importância da ter aprovado a participação 50% de mulheres em sua direção nacional, bem como a necessidade de buscar a igualdade na distribuição de vagas do sistema educacional brasileiro.

“Lutamos pela construção de um novo Brasil, um país de todos, um Brasil que possamos dizer que temos uma escola conectada, por isso, lutamos para que haja 10% do PIB [Produto Interno Bruto] na educação, para que todos tenham direito a um estudo digno e de qualidade”, declarou Manuela Braga.

A atuação dos movimentos secundaristas e universitários, e a força da mulher brasileira foram elogiadas por Hanói Sanches, secretário-geral de Cuba, que falou da luta do jovem para construir o socialismo: “Nós temos que condenar o imperialismo, para defender todos os outros ideais. Vivemos em uma organização que quer um mundo melhor. Os problemas da América Latina, Caribe o resto do mundo são a desigualdade social, consequência do Imperialismo. Estamos conscientes que se esta juventude continuar lutando, indo às ruas, poderá combater esse sistema.”

Hanói, ao finalizar seu discurso, entregou uma medalha da União da Juventude Comunista de Cuba(UJC), comemorativa aos 50 anos da UJC, a André Tokarski.

Ataques

Com relação às pressões que os estudantes sofrem por parte do PIG [Partido da Imprensa Golpista], o presidente da UNE, Daniel Iliescu, enfatizou que a entidade se manterá forte, tal como se manteve na ditadura e resistirá à pressão.

“Assim como vários jovens de outras gerações deram suas vidas para honrar a luta pelo nosso país, assim faremos, não nos intimidaremos, vamos continuar na luta pelo desenvolvimento da educação e caminhar rumo ao Brasil sustentável. Não há sustentabilidade nos marcos do capitalismo.”.

Os ataques da oposição e da mídia foram o foco da pronúncia do ex-presidente da UJS e ex ministro dos esportes, Orlando Silva. Ele fez um resgate de quando foi destituído do cargo, e lembrou que se emocionou ao ver a atuação dos jovens da UJS em sua defesa, que na ocasião, usaram a foto do então ministro dos Esportes, como um avatar em suas redes sociais, “Naquele dia eu chorei, pois vi que meus companheiros de luta continuavam do meu lado”, relembrou Orlando.

Orlando também mencionou os valores defendidos que a UJS defende: “Nossa vontade é construir o socialismo do século 21. Acreditamos que socialismo é valorizar o homem, a mulher, defender a diversidade, democracia, liberdade e é possível sim ter uma sociedade com estes valores”.

O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, foi mais um a parabenizar os jovens militantes, pelo espaço da mulher na entidade, e também a força estudantil.

“É difícil encontrar no mundo uma união nacional dos estudantes como a UNE, que congrega praticamente todas as correntes politicas mais representativas do país. Conseguimos manter essas organizações unidas, esse é um grande êxito da UJS, que entende que é preciso unir e ampliar forças politicas e sociais, para conquistarmos sucesso na transformação do nosso grande país. Temos orgulho de participar, ouvir, discutir com vocês da UJS.”

Plataforma eleitoral

Já o prefeito do Rio de Janeiro, além de assinar a Plataforma Eleitoral proposta pela UJS, falou da importância que a cidade ganha ao sediar a Rio+20, a Copa do mundo e das Olímpiadas e da relação com a juventude. “A prefeitura do Rio deixou de ser um lugar isolado, principalmente com a juventude. Fazemos questão de ser exemplo para o mundo, do governo que respeita a integração entre a sociedade, para continuar renovando e construindo uma sociedade melhor.”

Manuela d’Ávila, uma das mais esperadas pelos jovens, contou sua vivência na UJS e o quanto a entidade é importante na sua carreira política. “Sei da força que tem o papel das lideranças da UJS. A UJS é a unidade do povo, porque divididos não ganhamos nada, mas quando lutamos juntos, somos apenas um, nos tornamos fortes e damos vida longa à nossa luta, a luta para que o mundo seja mais justo e para que as pessoas vivam em paz.”

Pré-candidata à prefeitura de Porto Alegre, Manuela fez um resgate do quanto aprendeu com Orlando Silva, além de declarar sua felicidade ao ver que o auditório estava cheio de jovens, que assim como ela, acreditam em um futuro melhor para o nosso país.

Para encerrar o ato, André Torkarki pontuou as bandeiras e os desafios da entidade para os próximos anos, reforçando a importância da regulamentação da mídia.

"Queremos avançar muito mais nas conquistas que o povo brasileiro quer e pode construir. Precisamos que a bandeira da liberdade de expressão seja a cara da juventude. Não podemos nos conformar com a falta de democracia dos meios de comunicação. Existe uma organização onde a juventude pode falar, ser ouvida, levar sua opinião em conta, e essa é a UJS”, declarou Tokarski.

Fonte: Vermelho.org.br e ujs.org.br

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