As
diferentes lutas de pequenos grupos sociais foram foco em um dos
debates do primeiro dia do 16º Congresso Nacional da UJS, nesta
quinta-feira (07) de feriado, no Rio de Janeiro.

Eles alertaram aos jovens militantes sobre a violência que mulheres,
negros e homossexuais estão expostos. De comum acordo, defenderam também
que as lutas isoladas desses grupos devem ser inseridas nas lutas
sociais, além de se fazer necessário que os próprios militantes tenham
consciência da importância dessa união.
Juremar vê a Parada Gay, a maior manifestação do movimento LGBT, como
um forte instrumento capaz de mudar os hábitos e pensamentos das
pessoas em relação à homossexualidade e, por isso, é capaz de realizar
uma grande transformação social. Porém, ele adverte que pequenas
atitudes devem começar dentro da própria UJS: “Precisamos entender que
piadinhas e brincadeiras devem ficar fora da instituição, entender que
isso também é uma forma de preconceito que atinge essas pessoas.”
Já Olivia destacou o alto índice de mortalidade que os negros sofrem:
“Em comparação com o branco, o negro tem 5,27% de chances de ser morto,
em especial pela polícia, que já o vê como um marginal. Neste caso, o
nível social não difere em nada. o negro pobre ou rico é discriminado,
pois quem dita é a cor da sua pele.”
Ela ainda acrescentou a importância dos movimentos sociais se unirem à
causa dos negros: ”Lutar contra esse preconceito é não é um problema
que cabe exclusivamente ao negro resolver. O movimento juvenil precisa
entrar nessa luta, levantar questões e propostas que ajudem e defendam
os negros.”
Miriam Mariano, que lutou contra a ditadura, disse se emocionar ao
ver a juventude e a mulher brasileira usarem da liberdade para lutarem e
refletirem por um futuro melhor para o país. Ela defendeu as palavras
dos colegas de mesa e acrescentou que a diversidade é quem faz as
mudanças ocorreram na nossa sociedade, além de ressaltar que ser
tolerante em nosso país é ser forte em aceitar o que é novo: “Temos que
transformar nossas riquezas em ações sociais, trazer essas lutas
isoladas para nós. Acima de tudo, não podemos ser tolerantes com os
intolerantes.”.
Fonte: http://ujs.org.br
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