sábado, 9 de junho de 2012

Diversidade social é tema do primeiro dia de Congresso da UJS

As diferentes lutas de pequenos grupos sociais foram foco em um dos debates do primeiro dia do 16º Congresso Nacional da UJS, nesta quinta-feira (07) de feriado, no Rio de Janeiro.
Com o tema “Diversidade e tolerância para a Juventude”, os jovens foram convidados a refletirem sobre os preconceitos existentes nos diferentes grupos sociais que ainda assolam nossa sociedade. Olívia Santana, vereadora do Salvador; Juremar de Oliveira, vice-presidente do Conselho Estadual da Juventude da Bahia e a psicóloga Miriam Mariano conduziram o debate e propuseram discussões.
Eles alertaram aos jovens militantes sobre a violência que mulheres, negros e homossexuais estão expostos. De comum acordo, defenderam também que as lutas isoladas desses grupos devem ser inseridas nas lutas sociais, além de se fazer necessário que os próprios militantes tenham consciência da importância dessa união.
Juremar vê a Parada Gay, a maior manifestação do movimento LGBT, como um forte instrumento capaz de mudar os hábitos e pensamentos das pessoas em relação à homossexualidade e, por isso, é capaz de realizar uma grande transformação social. Porém, ele adverte que pequenas atitudes devem começar dentro da própria UJS: “Precisamos entender que piadinhas e brincadeiras devem ficar fora da instituição, entender que isso também é uma forma de preconceito que atinge essas pessoas.”
Já Olivia destacou o alto índice de mortalidade que os negros sofrem: “Em comparação com o branco, o negro tem 5,27% de chances de ser morto, em especial pela polícia, que já o vê como um marginal. Neste caso, o nível social não difere em nada. o negro pobre ou rico é discriminado, pois quem dita é a cor da sua pele.”
Ela ainda acrescentou a importância dos movimentos sociais se unirem à causa dos negros: ”Lutar contra esse preconceito é não é um problema que cabe exclusivamente ao negro resolver. O movimento juvenil precisa entrar nessa luta, levantar questões e propostas que ajudem e defendam os negros.”
Miriam Mariano, que lutou contra a ditadura, disse se emocionar ao ver a juventude e a mulher brasileira usarem da liberdade para lutarem e refletirem por um futuro melhor para o país. Ela defendeu as palavras dos colegas de mesa e acrescentou que a diversidade é quem faz as mudanças ocorreram na nossa sociedade, além de ressaltar que ser tolerante em nosso país é ser forte em aceitar o que é novo: “Temos que transformar nossas riquezas em ações sociais, trazer essas lutas isoladas para nós. Acima de tudo, não podemos ser tolerantes com os intolerantes.”.

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