sexta-feira, 29 de junho de 2012

Mercadante assume compromisso com federais após pressão.


Na terça-feira (26/06), após a grande #marchadosestudantes que levou mais de 3 mil às ruas de Brasília em defesa da educação e da universidade brasileira, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, recebeu uma delegação de 70 estudantes para debater os problemas e as melhorias necessárias nas instituições de ensino. O ministro se comprometeu a analisar o relatório, repassá-lo aos reitores, criar uma comissão de acompanhamento e apresentar uma resposta aos estudantes em até 15 dias.



Representantes de DCEs de 44 universidades, acompanhados da diretoria da UNE e da UBES, reclamaram a audiência e acabaram sendo recebidos. Foi a primeira vez que um grupo tão grande de representantes diretos do movimento estudantil nas universidades brasileiras conseguiu levar suas reivindicações pessoalmente para o ministro.

O ponto mais importante do encontro foi a entrega de um relatório extenso e completo de reivindicações dos alunos de cada uma das instituições. A maioria diz respeito à ampliação da assistência estudantil, mais restaurantes universitários, creches, moradias, bolsas, além de melhorias na infra-estrutura, finalização de obras em prédios, laboratórios e bibliotecas.

Além disso, Mercadante se disse comprometido, no mesmo prazo de 15 dias, com as seguintes medidas: ampliação do orçamento do Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) para 2013; criação de linha de crédito específica para a construção de moradias e restaurantes universitários; convocação urgente de concurso público para a contratação de professores e técnico-administrativos para as universidades federais; criação de uma comissão de diagnóstico da infraestrutura das Ifes com a participação dos estudantes a nível nacional e local; e conclusão das obras do Reuni.

Em outro momento, o ministro defendeu também a bandeira do movimento estudantil de reivindicação dos 50% dos royalties e do Fundo Social do Pré Sal para Educação, Ciência e Tecnologia.

A UNE e os membros dos DCEs prometeram cobrar o posicionamento dentro desse prazo, marcando, para 3 de julho, uma grande mobilização dentro das universidades de todo país.

“Assim como saímos às ruas hoje, os estudantes brasileiros estarão preparados para cobrar esses compromissos do Ministro, em 15 dias estaremos novamente nas ruas e em todas as universidades federais pressionando o governo por respostas concretas”, afirmou o presidente da UNE, Daniel Iliescu.

Grande parte das demandas apresentadas estão sendo exigidas também pela greve unificada nas federais brasileiras. Completando 39 dias de duração, e com 54 instituições paralisadas, a greve une professores, funcionários técnico-administrativos e estudantes na luta por uma educação de qualidade.

Aprovação de 10% do PIB para Educação

No mesmo dia da marcha, após 17 meses de mobilização, foi aprovado na Câmara dos Deputados, os 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Educação.

A decisão veio a partir de um acordo para a votação do Plano Nacional de Educação (PNE) na Comissão Especial da Câmara, completamente ocupada por cerca de 200 estudantes de todo o Brasil. “Pula sai do chão, quem defende a educação”, bradaram os manifestantes quando a aprovação foi anunciada. Realmente pulando e fazendo muito barulho, contaminaram todos os presentes à sessão. Agora o projeto segue para o Senado, retorna à Câmara para ser ratificada em Plenário e, finalmente, vai à sanção da presidenta Dilma Rousseff. 

Fonte: UNE


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