Qual
o papel da entidade durante as eleições? No que a UJS pode ajudar para
que a campanha eleitoral nos municípios tenha o peso da juventude? Essas
e outras perguntas foram o enfoque de mais um grupo de discussão do 16º
Congresso Nacional da UJS.

Não é por acaso. Dos 135,8 milhões de eleitores brasileiros, 40,474
milhões são eleitores jovens. Isso quer dizer que mais de 25% do
eleitorado tem entre 15 e 29 anos de idade. A juventude é a parcela da
população que, definitivamente, pode influenciar os eleitores e fazer
diferença no novo Brasil.
Esse dado, inclusive, corresponde a uma grande inovação na plataforma
de ação da entidade. Com mais de 100 mil filiados, foi consenso na mesa
a premissa de que não basta apenas apontar problemas, é preciso que a
juventude formule, proponha e execute políticas públicas em todos os
âmbitos da sociedade.
YannEvanovick, ex-presidente da UBES, Ticiane Alvarez, presidente da
UJS no Rio Grande do Sul e Marcelo Gavião, ex-presidente da UBES e da
UJS, conduziram o debate em questão e fazem parte da atual história da
entidade. Todos são candidatos a vereadores. Além deles, Danilo Moreira,
ex-secretário executivo
da Secretaria Nacional de Juventude, ex-presidente do Conselho Nacional de
Juventude e atual coordenador da Campanha de Manuela D`àvila para a prefeitura de Porto Alegre, esteve presente para promover uma reflexão pontual sobre o tema em questão.
da Secretaria Nacional de Juventude, ex-presidente do Conselho Nacional de
Juventude e atual coordenador da Campanha de Manuela D`àvila para a prefeitura de Porto Alegre, esteve presente para promover uma reflexão pontual sobre o tema em questão.
Diagnóstico apresentado
Danilo Moreira apontou uma questão importante para as eleições
municipais deste ano: é impossível ter uma receita de programa que tenha
validade para toda e qualquer cidade. “Temos que compreender o
município que vivemos, o município que iremos atuar. As alternativas
para o Brasil crescer nasce de pequenas comunidades, de pequenos
bairros. E eles não compõem uma mesma fórmula. Vocês jovens, devem
estudar o município que irão votar”, analisou.
Yann foi mais além. Para ele, a UJS deve se organizar em toda
sociedade e descobrir quais são os melhores instrumentos para levar as
candidaturas às vitórias. “Precisamos organizar os dirigentes da UJS.
Quantas lideranças juvenis vamos conseguir juntar para viabilizar as
eleições. Nos aprimoramos e sabemos ganhar congressos importantes do
movimento estudantil. Agora, as eleições são alvo extremamente novo para
a UJS e temos que nos desafiar a não só ser os candidatos de voto
difuso, mas ser a organização que tem voto amarrado.
Voto difuso e voto amarrado são termos usados nas campanhas
eleitorais para diferenciar quais zonas são de interesse coletivo e
quais são de interesse individual. O voto difuso é o voto que vem da
porta da escola, das redes sociais, das reuniões de massa. O voto
amarrado é o voto de meta. “É um determinado conjunto, como grêmios e
Centros Acadêmicos, que revela a quantidade de votos conseguidos”,
explicou ainda Yann.
Titi, como é conhecida a candidata a vereadora por Porto Alegre,
Ticiane Alvarez, explicou que Manuela D`ávila foi eleita em 2004
vereadora com apenas cinco jovens ajudando a campanha política. Depois,
em 2006, para deputada federal, já tinha um contingente maior e
conseguiu ser eleita com 282 mil votos.
“O que mudou de lá pra cá? Além de ser a deputada federal mais votada
e a mulher mais votada em 2010, focamos na juventude e aprovamos
inúmeras melhorias, como a Lei do Estágio.O que é importante, hoje, é
focar quais são as políticas que podemos pautar através de um olhar
filho do século 21, que entende e sabe da necessidade de ter internet,
de ter um sistema de saúde. Qual a contribuição que essa geração de
jovens vai dar? Quais as políticas que devemos construir de acordo com a
realidade de hoje? Devemos pensar e agir”, afirmou.
Por fim, Gavião, que foi presidente da UJS por duas gestões, pontuou
que a entidade, hoje, precisa debater formas alternativas de criar
sistemas eleitorais justos. “A nossa disputa é desigual mas ninguém tem a
militância que nos temos. A nossa turma aprendeu a fazer campanha
superando dificuldades. A cada ano ganhamos as batalhas dos congressos,
mas não é fácil, nós temos que batalhar. O nosso projeto é coletivo,
porque aqui só é vitorioso quem é coletivo, são candidaturas da UJS, não
são candidaturas do Gavião, ou Tite ou Yann. Não temos os recursos que
muito partido tem, mas temos coração e força de vontade”, ressaltou.
Fonte: http://ujs.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário