(Foto: Reprodução/Diário do Pará)
Funcionários da empresa Viação Perpétuo Socorro paralisaram parcialmente suas atividades nesta segunda-feira (20). Foi realizado um ato pela manhã na estação de passageiros do Marex, de propriedade da empresa de transportes. O motivo do protesto foi o atraso no pagamento do vale-alimentação dos funcionários, que já completou 21 dias. Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a empresa tem até o quinto dia útil para cumprir os pagamentos de funcionários, informou o Sindicato dos Rodoviários do Estado do Pará (Sttrepa). O valor do vale é de R$ 310.
A paralisação atingiu os ônibus das linhas Estação Marex/ Felipe Patroni, Estação Marex/ Ver-o-Peso, Estação Marex/ Centro, Djalma Dutra e Outeiro/ Centro. Aproximadamente 80 veículos ficaram estacionados no pátio da estação. Munidos de faixas e bandeiras que faziam alusão à campanha salarial dos rodoviários, funcionários bloquearam a entrada da garagem com uma fileira de ônibus.
Segundo Edilberto Santos, vulgo “Ventania”, vice-presidente do Sttrepa, a paralisação encerrou na noite de ontem, após a empresa se comprometer a pagar os vales. Caso isso não seja feito até as 12h de hoje, os rodoviários ameaçam fazer nova paralisação. O sindicato garante que o movimento manteve 60 veículos circulando. Na estimativa do sindicato, a Viação Perpétuo Socorro conta com 160 veículos que atendem diariamente 80 mil usuários.
O motorista Ricardo Gomes, 36 anos, afirma que a Perpétuo Socorro vem jogando a responsabilidade do atraso para a companhia de vale-refeições com quem mantém convênio. “Desde janeiro deste ano, nós firmamos um acordo com a empresa para que o nosso vale fosse pago a partir do dia 15.
Eles disseram que iriam normalizar o pagamento a partir de abril. Agora, eles fogem da gente dizendo que o pagamento já foi feito, mas a culpa é da companhia dos vales que não compensou. Só que não foi apresentado nenhum comprovante”, afirma.
A notícia da suspensão dos serviços das linhas pegou de surpresa grande parte dos usuários. O oficial da Marinha Harysson Silva, 24, ficou por meia hora esperando na parada da praça do Marex a linha Estação Marex/ Ver-o-Peso. “Não tem ônibus? Jura?”, perguntava surpreso o militar, vendo frustradas suas expectativas de chegar ao centro de Belém. “Ninguém informou nada. Não sei o que fazer agora. Talvez pegar uma van, é o jeito”.
PREJUÍZOS
Com o Estação Marex fora de circulação naquela manhã, o professor Rondnelly Melo, 35, lamentou o gasto extra com passagem com os dois ônibus que seria obrigado a pagar. “Estamos esperando sem saber se tem ônibus ou não. Só fui informado de que não teria serviço devido aos comentários do pessoal aqui da parada. Vou ter que pegar dois ônibus pra chegar em casa. Quem sabe amanhã será a mesma coisa”.
O DIÁRIO visitou ontem a sede da Viação Perpétuo Socorro em Belém, mas foi informado por funcionários que o presidente, o empresário Alexandre Barredo, não se encontrava para prestar esclarecimentos. O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (Setransbel) informou, via assessoria de imprensa, que se reuniria com a empresa responsável para equacionar reivindicações dos rodoviários.
Fonte: (Diário do Pará)
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