O ato ecumênico com representantes de
várias religiões será o ponto alto da programação que o Movimento dos
Sem-Terra (MST) preparou para a passagem do episódio. No local onde
aconteceu o massacre, vão formar a manifestação as famílias das vítimas e
integrantes dos acampamentos Lourival Santana e 26 de Março e dos
assentamentos 17 de abril, 1º de março, Palmares, Canudos e Cabanos.
O acampamento e o marco da passagem do
massacre fazem parte de uma mobilização nacional do MST, denominada
"Abril Vermelho", que vai até dia 20 deste mês. Durante o período o
movimento vai realizar ocupações, encontros e programações que visam
alertar a sociedade para a luta pela Reforma Agrária. O "Abril Vermelho"
também marca a negociação anual da pauta do movimento com o governo
federal, que tem sido duramente criticado pelo baixo número de
assentamentos realizados no último ano.
Em Belém não haverá protesto
Este ano, pela primeira vez após o
massacre, o movimento optou por não fazer nenhuma manifestação na
capital paraense por falta de estrutura e recursos, concentrando suas
ações no município de Carajás.
Anteriormente, o movimento fez vários
protestos em Belém e em Eldorado, mas este ano, somente no final do mês
os integrantes virão à capital para se reunir com Incra e Iterpa para
cobrar serviços públicos, como escolas, unidades de saúde, estradas e
outras ações, além do assentamento de mais de 12 mil famílias acampadas,
aguardando que os programas da reforma agrária os acolha.
Fonte:(DOL)
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