sexta-feira, 4 de maio de 2012

Médicos ameaçam entrar em greve

Em uma assembleia realizada quinta-feira (03) à noite, no Sindicato dos Médicos do Estado do Pará (Sindmepa), os médicos da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) decidiram encaminhar um documento para a prefeitura com as reivindicações salariais da categoria e aguardar uma resposta durante 15 dias.
Caso a Sesma não faça nenhum aceno positivo, os médicos vão realizar outra assembleia, até o final deste mês, para decidir sobre uma possível greve. Os médicos reclamaram durante a assembleia que o salário base de todos eles é o salário mínimo de R$ 622. Os abonos e gratificações elevam alguns salários a até R$ 4 mil, mas a maioria ganha a metade disso.

Segundo o presidente do Sindmepa, João Gouveia, “alguns problemas sérios estão acontecendo na Sesma”. A categoria denuncia atrasos de pagamentos de plantões extras e reivindica perdas salariais de oito anos e reajuste dos abonos que correspondem à maior parte dos salários.

PRECARIEDADE
Eles também denunciam condições precárias de trabalho. “Está um caos em todos os prontos-socorros, em todas as unidades de saúde, nós não temos uma unidade de saúde da Sesma que pelo menos possa se dizer que funciona de forma regular, todas elas são precárias, uma situação muito caótica”, afirmou Gouveia.

Os médicos também querem discutir o plano de carreira para resolver a disparidade de remunerações que existe na Sesma, como, por exemplo, o fato dos médicos do Hospital Mário Pinotti (PSM da 14) receberem salários maiores do que os do Humberto Maradei Pereira (PSM do Guamá) e a mesma disparidade entre os do Samu e das unidades de saúde e do saúde família.

A Sesma informou, por meio de nota, que se reuniu com a diretoria do Sindmepa, na manhã de ontem, “recebendo as reivindicações da categoria”. Sobre “o possível congelamento de seus salários, a Sesma informa que estes profissionais recebem por produção, ou seja, recebem seus salários de acordo com procedimentos que realizam nos pacientes”.

Ainda segundo a Sesma, “estes procedimentos possuem valores tabelados pelo Ministério da Saúde, que não são atualizados há mais de 10 anos. Sobre a diferença de salários, a Sesma ressalta que “o Hospital Mário Pinotti (Umarizal) e Humberto Maradei Pereira (Guamá) possuem qualificações diferentes, por isso a diferença de valores pagos aos profissionais”.


Fonte:(Diário do Pará)

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